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Apagão provoca caos nas ruas de três regiões do Brasil

Segunda, 21 de janeiro de 2002, 22h20

Caos no trânsito das maiores cidades brasileiras. Pessoas presas em elevadores. Indústrias diminuindo o ritmo de produção. Turbinas da maior hidrelétrica do mundo paradas. Itaipu teve automaticamente 13 das 18 turbinas desligadas quando por volta das 13h30 três regiões do país sofrerão um apagão.

O que, em princípio, parecia uma falta de luz isolada foi logo substituída por uma enxurrada de informações dando conta de um blecaute em 11 estados brasileiros do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O apagão atingiu durante seis minutos Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal. Por 20 minutos, Minas Gerais teve uma queda de 55% da energia. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina os cortes foram de 25% e 27% durante meia hora. No mesmo período, o Paraná ficou sem 44% de seu fornecimento. Mas os danos maiores foram sentidos no Rio de Janeiro, Espírito Santos (ambos com corte de 74%) e em São Paulo, com queda de 84%. Nos três Estados o blecaute durou mais de quatro horas.

O motivo do apagão foi sabido durante coletiva do ministro das Minas e Energia, José Jorge, que recebeu uma ligação do presidente do Operador Nacional do Sistema, Mário Santos, comunicando o achado: a queda de um cabo na linha de transmissão de Ilha Solteira Araraquara.

Mas, enquanto o Operador Nacional do Sistema (ONS), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o ministério das Minas e Energia, Furnas, Itaipu e as demais distribuidoras do país ainda tentavam descobrir o que houve, o cidadão sofreu.

Em São Paulo, onde o caos foi maior, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio de veículos que havia recomeçado hoje, depois de ter sido suspenso no início de dezembro, com a chegada das férias escolares. Quase todos os semáforos da cidade foram desligados. A CET registrava, às 17h30, 77 quilômetros de congestionamento. O normal, a essa hora do dia são cerca de 10 quilômetros. O metrô ficou paralisado durante quase duas horas. As operadoras de telefonia entraram em pane. O sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água da região metropolitana, ficou paralisado.

No Rio de Janeiro, o engarrafamento atingiu de uma ponta a outra a Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Os trens do subúrbio foram rebocados por locomotivas à diesel. Houve tumulto na saída do metrô. As estações foram fechadas e os passageiros ficaram até uma hora dentro dos vagões. As usinas nucleares Angra I e II foram desligadas. Os bancos e as lojas fecharam mais cedos. O Laboratório Central Noel Nutels (Lacen), no Rio de Janeiro, perdeu os resultados de 1.100 amostras de exames de dengue

Quatro pessoas foram surpreendidas pelo blecaute e ficaram presas dentro do elevador do Banco do Brasil em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, outras quatro pessoas ficaram presas no elevador no Edifício São José, na rua 14 de Julho, na região central, e foram resgatadas pelos bombeiros. Durante o blecaute, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) de Campo Grande ficou sem comunicação com as viaturas. O sistema de emergência da corporação falhou no momento da instalação. Contudo, 30 policiais militares reforçaram a segurança em frente as agências bancárias e em estabelecimentos comerciais da Capital. O apagão causou sete acidentes na região central de Campo Grande, segundo balanço feito pela Polícia Militar. O Corpo de Bombeiros atendeu dois casos considerados mais graves.

Em Vitória, no Espírito Santo, o abastecimento de água só deve ser normalizado de madrugada. Os hospitais usaram geradores e em um deles, três aparelhos queimaram.

No caso da contas que venceram hoje e não foram pagas por causa do fechamento das agências bancárias, a Federação Nacional dos Bancos questionou o Banco Central sobre a atitude a ser tomada. A Febraban quer saber se os consumidores ficarão isentos de multas. De acordo com o presidente da Aneel, José Mário Abdo, a pessoa que tiver sido lesada com o dano de algum equipamento deve reclamar nas companhias de distribuição de energia de cada região.

Leia mais:
» Ministro responsabiliza queda de cabo pelo apagão

Fonte : Redação Terra

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