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Parada Gay de São Paulo supera público internacional

Domingo, 02 de junho de 2002, 20h30

» Veja fotos da Parada Gay

Vista da esquina da avenida Paulista
com a Consolação (Rogério Lorenzoni)

Aconteceu na tarde deste domingo, dia 02, a sexta edição da Parada Gay de São Paulo. De acordo com dados da Polícia Militar, 320 mil pessoas participaram do evento - a expectativa da Associação do Orgulho GLBT era de 300 mil. O número bate os recordes das Paradas da França (250 mil) e Estados Unidos (300 mil), além de superar o público que se reuniu na quinta edição brasileira - 200 mil.

Gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e muitos curiosos se reuniram na avenida Paulista por volta das 14h e seguiram em direção à Praça da República - onde aconteceu a apoteose, com o show da banda As Frenéticas. A prefeita Marta Suplicy, presença constante em manifestações do gênero, aproveitou o evento para divulgar o projeto 400/01, que puniria qualquer tipo de discriminação de conotação sexual.

"Fico orgulhosa de ser prefeita da cidade que é hoje considerada a capital gay da América Latina", disse Marta na abertura oficial da Parada, para delírio da multidão. Beto de Jesus, presidente da Associação GLBT, puxou uma vaia para "os vereadores que querem impedir a liberdade de escolha sexual".

Motoqueiras lésbicas abriram a parada, que contou ainda com a presença de mais de 20 carros de som. "Aqui se faz democracia, que é um direito à pluralidade", ressaltou o deputado federal e candidato ao governo do estado de São Paulo José Genoíno.

Protesto e controvérsias - Alheios aos discursos políticos, muitos gays aproveitaram o evento para protestar contra a violência que ainda sofrem por conta de sua opção sexual. É o caso do empresário Eduardo Romero, de 42 anos, que na noite anterior à Parada apanhou de policiais ao lado do namorado Clóvis Camargo, 33, na saída de uma boate.

"Levamos soco no olho, no estômago, na boca. Estou revoltado", relatou o empresário, mostrando as marcas no rosto. "Nunca desfilei nesta Parada, mas achei necessário expor o que aconteceu comigo e protestar. É um espaço que temos para nos defender".

Já o jovem casal Fredy Fernandez e Vinícius Gonçalves, ambos de 19 anos, reprovam a exposição de travestis, que chegam a desfilar nus em eventos como esse. "Amo ser gay, mas não acho que é preciso ficar mostrando a bunda e o peito para demonstrar o orgulho de ser homossexual", disse Vinícius, que trabalha como modelo.


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Andréia Fernandes/ Redação Terra

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