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Eliminado, Brasil abre vagas na Vila Olímpica
Segunda-feira, 25 Setembro de 2000, 18h13

Sydney - A casa que foi ocupada pelos nadadores na Vila Olímpica de Sydney - uma das 13 reservadas para a missão brasileira - estava preparada para receber a seleção de futebol, nesta quarta-feira, quando o time chegaria à cidade, caso não tivesse sido desclassificado nas quartas-de-final. Fora da decisão e da briga por medalhas, os jogadores não chegaram a sentir o "clima" da Vila (tiveram apenas uma passagem rápida, de dois dias, para um amistoso).

Também não chegaram a sentir como seria trocar o superluxo do hotel de Golden Coast, a mordomia de ter cozinheiro e roupeiro, pela vida comum de um atleta e o espaço compartilhado entre os 10,2 mil competidores que têm se revezado na Vila. O futebol tinha uma delegação de 40 pessoas na Austrália, 18 delas atletas.

A Vila Olímpica de Sydney é, sem dúvida, uma das mais bem estruturadas se comparada à de outras olimpíadas, na opinião dos próprios atletas. Mas, mesmo assim, os atletas precisam compartilhar a infra-estrutura com muitos outros, cuidar de seus próprios objetos, enquanto treinam, competem e concentram-se para as competições.

São 13 as casas reservadas para os 205 atletas do Brasil que passaram ou ainda estão em Sydney para os Jogos. As casas tem quartos duplos. Se dois atletas dividem um quarto - sem geladeira, tevê ou ar condicionado -, o banheiro é compartilhado por quatro atletas. A limpeza do quarto é diária, mas as toalhas são trocadas a cada dois dias e a roupa de cama a cada quatro dias. É preciso conciliar horários de dormir e ir ao banheiro, escolher cantos do quarto para colocar roupas, ser solidário.

Os quartos têm aquecedores portáteis (daqueles do tipo sanfona), oferecidos pela organização dos Jogos, e ventiladores, comprados pelo COB. Mas não têm geladeira ou tevê. Quem quiser assistir tevê novamente tem de compartilhar, até a programação. Em cada casa, há uma sala montada pelo COB, com sofá, geladeira e uma tevê comunitária. "A estrutura dessa Vila Olímpica é excelente", afirma o técnico Jayme Netto, do atletismo, observando que os atletas estão acostumados a compartilhar infra-estruturas de treino e alojamentos bem modestas. A saltadora em distância, Maurren Higa Maggi, por exemplo, mora nos alojamentos do Ibirapuera, em São Paulo, onde treina.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foi cuidadoso ao escolher a localização das casas, longe da agitação - para que os atletas possam dormir melhor - e perto do transporte e do restaurante, que também são compartilhados. O restaurante maior, que é farto e tem comida variada, funciona 24 horas e tem capacidade para 6 mil atletas, que vão criando setores por países. "Os atletas de um mesmo local criam o hábito de sentar-se sempre juntos, formando setores naturalmente", afirma José Roberto Perillier, sub-chefe de missão do Brasil.

O transporte também é compartilhado. Dentro da Vila existem vários pontos de ônibus, divididos por modalidades. Atletas de esportes coletivos, especialmente de times rivais que vão se enfrentar, viajam em ônibus separados, mas atletas de esportes individuais, como os do atletismo, seguem juntos. "É chegar no ponto e ir entrando no ônibus que vai para o Parque Olímpico", observa Peri.

Além de compartilhar o espaço em um megaevento, os atletas têm de cuidar de suas próprias roupas, por exemplo. Para cada cama existem dois sacos de roupa, um de cordão azul - onde devem ser colocadas as roupas coloridas - e outro de cordão branco - para as roupas claras.

Cada atleta entrega os sacos na lavanderia localizada no Centro Residencial. Também é necessário compartilhar o serviço. E o Brasil divide a sua lavanderia com atletas do Canadá, Grécia, Argentina, Portugal e Tunísia. A roupeira do basquete, Matilde Silveira, é tão útil que já virou uma das pessoas mais populares da delegação, tipo “mãe” de todo mundo. Matilde é uma só, acompanha o basquete, mas ajuda todo mundo do jeito que pode - em Camberra, onde o Brasil fez a aclimatação, ganhou presente das meninas e meninos do vôlei por tirar as roupas da máquina de lavar, colocar na secadora e dobrar, para depois os atletas pegarem. Em Sydney, ela não consegue ajudar muito, mas já chegou a salvar as gêmeas do nado sincrinizado, Carolina e Isabela, costurando os maiôs das meninas.

Quem acabou sendo beneficiado pela ausência dos atletas do futebol na Vila foram alguns integrantes da missão que têm as credenciais do tipo AS - para membros de comissões técnicas e apoio. Os preparadores-físicos do basquete, João Antônio Nunes, e do handebol, Katsuhico Nakaya, e alguns integrantes da equipe médica que não tinham espaço na Vila e estavam hospedados em hotéis mudaram-se para a casa do futebol.

Agência Estado

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