Brasília - O atacante da Seleção Brasileira, Ronaldo, encaminhará à Receita Federal, por meio de seu advogado Michel Assef, suas movimentações bancárias e os extratos de cartão de crédito dentro de duas a três semanas para rebater a acusação de que teria gasto US$ 28 mil em compras no Paraguai durante a Copa América, segundo informou nesta quinta-feira Rodrigo Paiva, assessor de imagem do atacante. A Polícia Federal em Foz do Iguaçu é a responsável pelas investigações.

Afastado dos campos por uma contusão no joelho, o atacante Ronaldo, da Internazionale, assistiu na manhã desta quinta-feira em Brasília ao desfile militar em comemoração ao 7 de Setembro. Foi convidado pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza.

"Antes de uma decisão judicial, a gente está tomando a iniciativa abrindo as contas e o extratos para a Receita", disse Paiva, que acompanhou o atacante durante a cerimônia de comemoração do Dia da Independência, no Palácio da Alvorada. Paiva informou ainda que o atacante vai enviar ao Ministério da Justiça uma reclamação exigindo respeito "ao cidadão Ronaldo" pelo fato de estar tendo de apresentar provas questionando a acusação.

"A reclamação é para pedir um mínimo de respeito ao cidadão. Não estamos falando do ídolo, mas do cidadão", disse Paiva. "O que Ronaldo tem dito é que, no Brasil, as pessoas têm de viver provando que não são bandidos, contraventores, que não estão se separando da mulher (Milene), e, no caso dele, de que não gastou US$ 28 mil no Paraguai".

Segundo Paiva, as movimentações bancárias e os extratos que serão abertas são relativas ao período da Copa América. Ao ser perguntado sobre as denúncias envolvendo o treinador da Seleção Brasileira de Futebol, Wanderley Luxemburgo, Ronaldo limitou-se a dizer que não dá "opiniões sobre problemas dos outros". "Não posso opinar sobre problemas dos outros, só sobre os meus".

Ele disse ainda que espera voltar a jogar em breve e informou que vai aos Estados Unidos, em outubro, para dar continuidade ao processo de tratamento médico.

Ronaldo também afirmou que participou da solenidade de comemoração do Dia da Independência, ao lado do presidente Fernando Henrique Cardoso, por "espírito patriótico", ao responder a pergunta sobre a importância de sua presença para melhorar a imagem do presidente.

Agência Estado