Rio de Janeiro - Ronaldo quer tranqüilidade e sossego para a recuperação do joelho direito. Em meio a boatos sobre sua separação de Milene, o jogador vai para os Estados Unidos, dia 10 de outubro, onde ficará isolado por cerca de três meses, no Estado de Oregon, no noroeste americano. Durante esse período, Ronaldo só terá a companhia do fisiologista Nilton Petrone, o “Filé”, e do assessor Rodrigo Paiva.

Desde que voltou ao Rio de Janeiro, a rotina de Ronaldo é a mesma todos os dias: trabalho de fisioterapia na piscina e aparelhos da academia RioSport, na Barra da Tijuca, sempre sob orientação de Filé. Os fãs descobriram, e a freqüência de curiosos e o assédio da imprensa têm aumentado muito.

Ao mesmo tempo, Ronaldo tem desenvolvido alguns projetos culturais e assistenciais no Rio de Janeiro, financiando a montagem de uma peça de teatro e representando a Unicef em campanhas internacionais de auxílio às crianças carentes.

Um amigo de Ronaldo revelou que o jogador não tem conseguido dormir direito porque o filho, Ronald, chora muito à noite. Enquanto isso, crescem os comentários de que as relações do jogador com a mulher teriam piorado nas últimas semanas, agravadas pelo clima deteriorado entre Ronaldo e a sogra que tem grande influência na vida de Milene. O problema começou no casamento quando a mãe de Milene recusou-se a aparecer na cerimônia.

Há cerca de dois meses, Ronaldo admitiu que a idéia de ser emprestado para um time de futebol dos Estados Unidos poderia ajudá-lo na recuperação. Ele voltaria a jogar futebol disputando um campeonato mais fácil, sem grandes exigências, onde faltas violentas são uma exceção. Além disso, ele teria contato com excelentes clínicas de recuperação, fazendo exames periódicos com os melhores especialistas em joelho dos Estados Unidos. Outra hipótese era de passar a defender o Flamengo, também por empréstimo. Mas a direção da Inter negou esta possibilidade, com o argumento de que o futebol brasileiro é violento e colocaria em risco suas condições físicas.

Depois, especulou-se que o jogador da Inter de Milão estaria assustado com os índices de violência no Rio e no Brasil, cogitando de trocar o País por um lugar mais seguro enquanto durar a recuperação. Ele só pretende voltar para a Itália quando estiver em condições de reiniciar os treinos.

No momento, a possibilidade de que Ronaldo venha a vestir a camisa de uma equipe norte-americana não existe, segundo Rodrigo Paiva. “Ele só quer tranqüilidade e ficar longe de tudo”, disse ontem, na Granja Comary, durante o treino da Seleção. Ronaldo deverá estar neste domingo no Maracanã para assistir ao jogo entre o Brasil e a Bolívia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Agência Estado