Alice no País das Maravilhas

Chapeleiro Maluco

Chapeleiro Maluco

Vejam só que absurdo
Me chamam de Chapeleiro Maluco
Só porque faço chapéus
E sou um tanto pinéu

Mas só Alice pode me afirmar
Se um chapeleiro pode assinar
Páginas de sentido torto
Onde ser louco nos dá conforto

Mas mudando de assunto
De repente me pergunto
Por que um corvo se parece com uma escrivaninha?
E por que não voo como uma andorinha?

Muitas já foram as interpretações que deram ao Chapeleiro Maluco de Lewis Carroll. Mas, na versão de Johnny Depp, ele é nada mais que um colorido e muito temperamental chapeleiro, ansioso pelo retorno de Alice, a moça que, por sua estranha ingenuidade, pode ajudá-lo a tirar a Rainha de Copas do comando do País das Maravilhas. Propenso a repentinas mudanças de humor, o Chapeleiro Maluco tem o visual de uma boa e refinada fantasia de Carnaval e, por trás de toda a maquiagem que o recobre, ele tem um coração de arco-íris, pronto para receber todas as cores e humores de braços abertos.

Johnny Depp: este é o sétimo filme que Depp faz com o diretor Tim Burton e, mais uma vez, assume o papel de um personagem com sérios problemas de estabilidade emocional – seus outros maluquinhos by Burton são: Edward Mãos de Tesoura (Edward Mãos de Tesoura), Ed Wood (Ed Wood), Ichabod Crane (Sleepy Hollow), Willy Wonka (A Fantástica Fábrica de Chocolate), Victor Van Dort (A Noiva Cadáver) e Sweeney Todd (Sweeney Todd). Como o Chapeleiro Maluco, o ator aperta aquele botão que ele tem em algum ponto de sua cabeça e aciona novamente o ser non-sense que existe dentro dele.

Terra

Foto: Divulgação