Alice no País das Maravilhas

Embaixo do buraco

O impossível só existe quando você acredita nele. Essa é a mensagem que o Chapeleiro Maluco de Johnny Depp dá de presente a Alice de Mia Wasikowska. A lição, na verdade, é a mensagem subliminar à toda obra de Tim Burton, cineasta descrente em impossibilidades. É ele o diretor que, em lugar de adaptar o livro para os cinemas, resolveu usar os elementos fundamentais dos livros de Lewis Carroll para recriar sua própria Alice, agora aos 19 anos de idade, prestes a lidar com grandes decisões adultas.

Ainda confusa e incerta sobre quem ela verdadeiramente é, Alice cai novamente no buraco que a leva ao Mundo Subterrâneo, ao País das Maravilhas de onde ela nunca parece ter saído. Lá, reencontra os personagens que, na sua infância, pareciam ser produtos de seus delírios. Agora, Alice é convocada para resolver um problema maior e, com a ajuda do Chapeleiro e da Rainha Branca, ela será uma peça chave para livrar seus velhos amigos do governo tirânico da Rainha de Copas.

Com a produção Walt Disney por trás, Tim Burton faz aqui sua primeira aventura no universo 3D e trabalha mais intensamente com a atuação da computação gráfica. O resultado final é um passeio lisérgico por cenários e personagens que, nas regras da imaginação, nunca são impossíveis de existir.

Terra

Foto: Divulgação