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Assessor de Arruda depõe hoje no Senado

Segunda, 23 de abril de 2001, 08h30
O depoimento de Domingos Lamoglia Neto, assessor parlamentar do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), às 16h de hoje, na Corregedoria do Senado, pode definir o destino do ex-líder do governo e, de quebra, do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Lamoglia estaria sendo pressionado, principalmente pela família, para dizer a verdade sobre o caso.

Se confirmar que recebeu o envelope com a lista dos votos das mãos da ex-diretora do Centro de Processamento de Dados do Senado (Prodasen) Regina Borges e repassou-a ao senador Arruda, essa será mais uma prova testemunhal contra o ex-líder. Se confirmar também que falava constantemente com Regina em nome de Arruda, reforça a tese de que a ex-diretora falou a verdade em seu depoimento, o que traz dificuldades adicionais para a estratégia de ACM – desacreditar o depoimento de Regina.

Lamoglia é o secretário-geral do PSDB no Distrito Federal. Em razão da disputa pela liderança local do partido, protagonizada por Arruda, está brigado há três meses com quase toda a ala histórica e mais conservadora dos tucanos brasilienses. Apesar disso, mesmo entre os desafetos de hoje, é considerado um companheiro fiel e leal.

Assim como Arruda, Lamoglia está isolado desde a tarde de quinta-feira, quando Regina prestou depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Lamoglia estaria sob os cuidados de Arruda, a quem é bastante ligado, contrariando sua mulher e filhos, que o teriam ameaçado até mesmo com rompimento. O assessor volta a depor às 17h de amanhã no Conselho de Ética.

Arruda promete reaparecer hoje no Senado, depois do sumiço voluntário a que se impôs. Ele passou os últimos quatro dias tentando montar sua estratégia de defesa e, para isso, contou apenas com alguns poucos assessores e com o advogado Claudio Fruet, que lhe presta assessoria jurídica informal. O ministro Pimenta da Veiga, das Comunicações, esteve com Arruda na sexta-feira. "Fui levar um abraço pessoal", disse.

Segundo Pimenta, a orientação do governo para esse caso é que todos digam absolutamente a verdade. Conforme o ministro, não há temor de que, acuado, Arruda possa dizer algo que comprometa o governo ou o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Arruda vem sendo abandonado por vários segmentos, especialmente pelos correligionários. FH teria dito a interlocutores que o ex-líder deve se virar. Segundo a vice-presidente do PSDB do Distrito Federal, deputada Maria de Lourdes Abadia, há uma enorme pressão interna pela expulsão de Arruda pelos danos que causou à legenda no Distrito Federal, à imagem nacional da sigla e à do próprio presidente.

"Até agora, fui em quem resistiu. Não acho ético aproveitar esse momento de dificuldade do senador para resolver essas questões. Mas, eu me pergunto: o que faria o governador Mário Covas num caso desses, se estivesse vivo?", disse a deputada.


OS DEPOIMENTOS DA SEMANA
A agenda da investigação da quebra do sigilo do painel eletrônico do Senado:
Hoje – O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), responsável pelo inquérito administrativo do caso, tomará às 16h o depoimento de Domingos Lamoglia Neto, assessor do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Tuma ouvirá ainda o depoimento do analista legislativo do Prodasen Nilson da Silva Rebello, ex-assessor de Luiz Estevão, que teria obtido a informação sobre a quebra de sigilo antes da sessão do dia 28 de junho.

Amanhã – O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ouve os depoimentos dos funcionários do Prodasen Heitor Ledur (que teria cedido a senha do painel), Ivar Alves Ferreira (marido de Regina e suposto responsável pela cópia da lista em disquete) e Hermilo Gomes da Nóbrega (que teria ajudado a descobrir como violar o sigilo do painel).

Quinta-feira – O Conselho de Ética toma os depoimentos dos principais acusados, os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF).

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Agência RBS

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