Homens que têm muitos amigos, parentes e outros laços sociais podem ter uma vida mais longa e mais saudável comparados aos que vivem isolados, apontaram as descobertas de um novo estudo.
"Ser saudável ou viver mais não é simplesmente uma questão de ter bons hábitos de saúde ou bons cuidados médicos", disse o autor do estudo, o médico Ichiro Kawachi, da Escola de Saúde Pública de Harvard em Boston, Massachusetts. "Um bom amigo pode manter o médico longe", acrescentou.
Kawachi, que é diretor do Centro para Sociedade e Saúde de Harvard, e seus colegas analisaram o efeito das relações sociais sobre a morte e a doença cardÃaca de 28.369 homens profissionais, na faixa dos 42 aos 77 anos, em um estudo de dez anos. Cerca da metade dos homens relataram pertencer a grandes redes sociais que incluÃam a mulher, muitos amigos e parentes, e/ou o envolvimento em um grupo comunitário.
Durante a pesquisa, 1.365 homens morreram de doença cardÃaca, câncer ou alguma outra causa, segundo o artigo publicado na edição de abril da revista American Journal of Epidemiology. Os homens que eram mais isolados socialmente tinham quase 20% mais risco de morrer de qualquer outra causa comparados à queles mais integrados, verificaram os cientistas.
Aqueles socialmente isolados também eram 53% mais propensos a morrer de alguma causa associada ao coração, comparados aos que tinham o maior número de laços sociais, afirmaram os pesquisadores. Além disso, os que apresentavam um número moderado de conexões sociais registraram um risco duas vezes maior de morrer em acidentes e cometer suicÃdio do que aqueles com laços mais amplos.
Os pesquisadores ainda diagnosticaram mais de 1.800 casos de doença cardÃaca durante o estudo, incluindo 239 mortes ligadas a cardiopatias ou morte súbita do coração. Os socialmente isolados tinham 82% mais riscos de morrer de alguma doença cardÃaca do que os outros, indica o artigo.
Reuters