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7 de outubro de 2001
Não há sensação
igual à de dormir na floresta
Cristina Bodas
O dia-a-dia no acampamento não tem sido
fácil para a equipe. É o ataque
constante dos insetos, o calor sem parar, as roupas
que nunca secam, a lama até os joelhos,
além da saudade de um banho de chuveiro
e de uma comidinha diferente. Mas o que me fascina
é que ninguém tem reclamado nem
lamentado. Todos estão cansados, mas estão
fortes e dispostos.
Alguns dizem que o calor e as dificuldades de
sobreviver na floresta acabam sugando nossa energia.
Se isso for verdade, acho que é durante
a noite que tudo se recompõe. Digo isso
porque a sensação de dormir em uma
rede - coberta apenas por um mosquiteiro e uma
lona - no meio da floresta é inigualável.
Passada a primeira sensação de
estranheza, logo os sons dos inúmeros animais
ali passam a embalar o sono, o descanso. Para
completar meu encantamento, há alguns dias
o acampamento foi inundado pela claridade da lua
cheia. Impossível não contemplar
toda essa beleza. Impossível esquecer essas
sensações!
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