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Músicos em isolamento se revoltam com indústria do streaming

28 mai 2020 - 15h08
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As proibições de apresentações ao vivo deixaram muitos músicos britânicos no limiar da pobreza, o que incentivou uma campanha para que eles obtivessem uma parcela maior dos lucros do streaming de suas músicas online.

Logo do Spotify em Nova York
03/04/2018 REUTERS/Lucas Jackson
Logo do Spotify em Nova York 03/04/2018 REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

"Estou sendo contatado por muitos artistas jovens que têm milhões de transmissões de 200 mil ouvintes mensais e não ganham um salário mínimo", disse à Reuters o músico Tom Gray, da banda indie inglesa Gomez.

Gray lançou a campanha Broken Record para pressionar a indústria a fazer mais pelos músicos.

Mesmo com a banda Gomez acumulando milhões de reproduções no Spotify, isso representa "alguns centavos" de receita para Gray.

Isso ocorre porque o dinheiro pago pelos consumidores pelas principais plataformas de streaming de música entra em um pote central que é distribuído aos artistas de acordo com a participação de mercado.

Então, se alguém pagar mensalmente a assinatura do Spotify e ouvir apenas músicas da banda Gomez, seu dinheiro ainda chegará aos principais artistas do mundo e suas gravadoras.

As empresas de streaming dizem que estão fazendo o possível para ajudar os artistas durante a pandemia. O Spotify comprometeu-se a equiparar doações para instituições de caridade até um total de 10 milhões de dólares e a Apple Music lançou um fundo de 50 milhões de dólares para gravadoras e distribuidores independentes.

Apesar de uma provável queda de 25% na receita mundial de música neste ano por causa da pandemia, o setor deve dobrar de valor até 2030, mostrou uma pesquisa do Goldman Sachs publicada este mês. Mas muitos artistas têm dúvidas sobre seu futuro.

"Se o coronavírus continuar assim durante todo o verão, realmente parecerá que minha vida na música foi dizimada", disse Theo Bard, compositor que esperava promover um álbum que seria lançado no verão do hemisfério norte.

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