Quarta, 11 de dezembro de 2002, 15h26

Quando os diretores de uma prisão na Pensilvânia viram o mafioso Kenny Granato mostrando orgulhoso sua filha de três anos durante uma visita familiar, se depararam com uma pergunta: se ele está detido desde 1988, como engravidou a esposa? Granato nunca teve permissão para uma visita íntima, além disso, as mulheres dos mafiosos nunca sonhariam em tornar público o fruto de um caso extraconjugal.

Após uma investigação, Granato e sua esposa Regina terminaram indiciados por contrabandear o esperma do detento para fora da prisão federal de Allenwood. "É uma acusação muito séria", disse o promotor-adjunto da Pensilvânia, Wayne Samuelson. Depois de tirar o esperma da prisão, Regina, de 39 anos, foi até um instituto en Nova York, onde foi inseminada artificialmente. Sua filha Gianna nasceu em agosto de 1999.

"O importante não é material retirado, mas sim o fato de agentes penitenciários terem sido subornados para permitir o tráfico ilegal de substâncias a partir de uma prisão federal", afirmou Samuelson.

O casal foi indiciado em duas ações por conspiração. Sobre Granato, de 42 anos e que cumpre uma pena de mais de 20 anos por matar a família mafiosa Colombo, também pesam duas ações por suborno. Ele irá comparecer diante de um tribunal federal em 18 de dezembro. Já Regina é acusada por introduzir contrabando numa prisão. Neste caso, se trata de um equipamento para depositar e conservar esperma.

Também foram citados no processo vários agentes penitenciários que teriam recebido subornos para facilitar a ação do casal. Se for considerado culpado, Granato pode receber uma sentença de 35 anos de prisão.

Copyright 2002 AFP

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