Domingo, 07 de abril de 2002, 15h48

O vendedor de uma empresa de cervejas, José Carlos Soarez, 34, planejou o próprio seqüestro para tentar reatar o casamento com a ex-mulher, de quem se separou há um mês. Ele pretendia sensibilizá-la, pois imaginou que, com o suposto seqüestro, ela teria pena e reataria a relação.

Soarez foi "seqüestrado" na noite de quarta-feira, em Várzea Grande Paulista, após visitá-la. Segundo o delegado Marcelo José Prado, a suposta vítima dormiu no hotel Maipu de quarta para quinta. Com a ajuda de um amigo, que passou pelo papel do seqüestrador, telefonou de seis a sete vezes para a ex-mulher exigindo um depósito de R$ 1 mil em sua conta para o resgate.

O dinheiro foi depositado e, na tarde de quinta, foram sacados R$ 600. À noite, sacaram o restante. O vendedor foi "libertado", às 4h de sexta-feira, e encontrado pela ex-mulher amarrado e amordaçado em um pinheiro próximo ao posto de gasolina Graal, km 33 da Rodovia Castelo Branco.

Já na delegacia, Soares confessou que havia planejado o seqüestro para tentar reconquistar a ex-mulher. Além disso, de acordo com o delegado Marcelo José Prado, o vendedor tentou repassar seu carro, um Uno Mille, à um amigo para que, com a desculpa do seqüestro, conseguisse ativar o seguro. A Secretaria da Segurança Pública informou que o vendedor foi autuado por falsa comunicação de crime.

Redação Terra