Quem é o favorito para ser o próximo papa, de acordo com a Inteligência Artificial?
O mundo aguarda com ansiedade a nomeação do próximo Pontífice, que será escolhido em um tradicional rito chamado conclave
O papa Francisco ainda não foi enterrado, mas o mundo aguarda com ansiedade a nomeação do próximo Pontífice, que será escolhido em um tradicional rito chamado conclave. Diversos fiéis já começaram a fazer suas apostas, sugerindo cardeais de todos os cantos do mundo. Mas, afinal, quem é o favorito? A pergunta que mobiliza o mundo católico também ganhou uma resposta da inteligência artificial.
O cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, é o favorito para suceder o papa Francisco, com 27,6% de chances de ser escolhido no próximo conclave, segundo uma análise elaborada pelo ChatGPT a pedido da emissora francesa BFMTV.
"Pessoalmente, creio que o cardeal Pietro Parolin reúne o perfil de equilíbrio necessário para unificar as correntes e manter a linha reformista de Francisco, graças à sua expertise diplomática e posição de confiança na Secretaria de Estado", escreveu o ChatGPT.
A ferramenta chinesa Deepseek também aposta em Parolin, mas vê uma concorrência com Luis Antonio Tagle. "Se o próximo conclave priorizar continuidade, Parolin ou Tagle são apostas plausíveis", aponta o Deepseek.
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A IA generativa do Google, Gemini, também apostou em Parolin e Tagle, mas trouxe mais dois nomes para a disputa: Matteo Zuppi e Péter Erdő.
A seguir, os principais nomes atualmente comentados para suceder Francisco entre cardeais, jornalistas que acompanham o Vaticano, observadores e lideranças ligadas à Igreja:
- Cristóbal López Romero, 72 anos: Espanhol naturalizado paraguaio, atualmente é arcebispo no Marrocos. Tem uma trajetória marcada pelo diálogo inter-religioso.
- Luis Antonio Tagle, 67 anos: cardeal feito ainda por Bento 16, o filipino é o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. “Pelo seu jeito pastoral, é uma cópia asiática de Francisco”, avalia o professor Moraes.
- Jean Claude Hollerich, 66 anos: primeiro luxemburguês a se tornar cardeal, ele preside a Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. “Tem força política europeia, que pode ser importante na atual conjuntura”, diz Moraes.
- Jean Marc Aveline, 66 anos: O cardeal francês figura no grupo de azarões que podem acabar crescendo durante as votações do conclave.
- José Tolentino de Mendonça, 59 anos: Prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação o português nascido na Ilha da Madeira é visto como uma das vozes mais importantes do catolicismo contemporâneo.
- Juan José Omella, 78 anos: o arcebispo de Barcelona também é outro nome que pode despontar como favorito, conforme apostam alguns jornais italianos. “Europeu, experiente e, sem dúvida, alguém que contribuiria para o fortalecimento da Igreja”, diz Moraes.
- Mario Grech, 67 anos: O maltês é o atual secretário geral do Sínodo dos Bispos — e como o pontificado de Francisco valorizou muito a sinodalidade, o fato de ter sido alçado ao posto era um sinal de muito prestígio. Em seus discursos, demonstrou acolhimento a imigrantes e ao movimento LGBTQIA+, entre outros grupos.
- Matteo Zuppi, 69 anos: Atual presidente da Conferência Episcopal Italiana, o arcebispo de Bolonha se tornou uma estrela ascendente nos últimos anos, com diversos gestos de acolhimento a casais homoafetivos e tendo sido escalado por Francisco para tentar mediar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
- Péter Erdő, 72 anos: o húngaro é um nome conservador que sempre aparece entre os papáveis — mas nos últimos anos vem perdendo força.
- Pierbattista Pizzaballa, 59 anos: o italiano é o patriarca latino de Jerusalém, com excelente interlocução junto a líderes judeus e um discurso de defesa dos palestinos.
- Pietro Parolin, 70 anos: O italiano do Vêneto é o secretário de Estado da Santa Sé — cargo para o qual foi nomeado no primeiro ano do pontificado de Francisco. Por conta disso, esteve sempre próximo do papa argentino e em diversos momentos foi apontado como um sucessor. “É poliglota e acumula inúmeros serviços prestados à Igreja”, afirma o teólogo Moraes.
- Portase Rugambwa, 64 anos: O cardeal tanzaniano já foi secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos e é um dos símbolos da maneira como Francisco transformou o colégio cardinalício em uma instituição não mais eurocêntrica.
- Robert Prevost, 69 anos: Frei agostiniano, o norte-americano tornou-se prefeito do Dicastério para os Bispos, em 2023. No mesmo ano, recebeu o barrete vermelho cardinalício. Seu papel cresceu em importância nos últimos anos.
- Sérgio da Rocha, 65 anos: na imprensa italiana, o nome do brasileiro é apresentado como o de alguém que corre por fora mas pode acabar sendo eleito. Atual primaz do Brasil, por ser o arcebispo de Salvador, Rocha presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 2015 a 2019. Contudo, analistas acham pouco provável que o próximo papa seja latino-americano como Francisco — esta é a opinião do vaticanista Domingues, por exemplo.
- Willem Jacobus Eijk, 71 anos: o neerlandês é um dos mais importantes críticos ao papado de Francisco, principalmente por acreditar que a doutrina e a prática católicas precisam seguir, em suas palavras, “regras mais claras”.