Pátria Basca e Liberdade - ou simplesmente ETA

ETA é a sigla de expressão basca Euskadi Ta Askatasuna, que em português significa Pátria Basca e Liberdade. O grupo armado foi fundado em 1959 por dissidentes do Partido Nacionalista Basco (PNB), que tinham como como objetivo lutar por meios pacíficos pela autonomia da região basca na Espanha. Os fundadores do ETA também lutavam contra o regime do ditador Francisco Franco.

O território reivindicado pelo grupo abrange porções da Espanha e da França, onde vivem 2,5 milhões de pessoas. O País Basco espanhol é formado pelas províncias de Guipúzcoa, Vizcaya e Álava. Os bascos descendem de um povo pré-romano e têm idioma e cultura próprios. Desde a redemocratização espanhola, a partir de 1975, gozam de razoável autonomia. A luta armada tinha a simpatia de boa parte da população basca no período da dominação franquista, mas, com a restauração da democracia, em 1977, e a autonomia parcial concedida ao País Basco, em 1979, parte de seus militantes deixou a luta. Os que ficaram radicalizaram suas ações.

Já em 1969, um braço armado da organização começou a realizar atentados contra autoridades. Sua primeira grande ação foi o assassinato do primeiro-ministro e sucessor designado de Franco, almirante Luiz Carrero Blanco, em 1973. O ano em que o grupo matou mais pessoas foi 1980, com 96 mortos. Mais da metade das vítimas do ETA é composta por militares e policiais. Calcula-se em mais de 800 as vítimas em 30 anos de atividade. Entre elas, 18 crianças e menores de idade, na maioria filhos de agentes das forças de segurança do Estado.

A partir de julho de 1997, cansados dos atentados, os espanhóis de diversas regiões realizaram manifestações de protesto. A iniciativa parecia ter surtido efeito, quando o grupo basco anunciou uma trégua em setembro de 1998. Três meses depois, porém, o ETA rompeu o acordo. No ano 2000, os atentados voltaram com força total, deixando espanhóis e franceses amedrontados. O governo espanhol já disse que aceita discutir o aprofundamento da autonomia basca. Mas independência, nem pensar.

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