Bem ao lado de Angra 1 e Angra 2, uma estrutura de vigas de ferro começa a dar forma para o que vai ser a terceira usina nuclear do Brasil. Ela terá a mesma tecnologia alemã Siemens/KWU e um projeto arquitetônico quase idêntico. Mas, diferentemente de Angra 2, o sistema de controle será todo digital, e não analógico. Por isso, a capacidade de produção da irmã mais nova será um pouco mais alta, de 1405 MW, contra 1350 MW de Angra 2. Assim, as três nucleares passarão a fornecer pouco mais da metade da energia utilizada no Estado do Rio de Janeiro.
O projeto de Angra 3, paralisado em 1986, foi retomado após a Eletronuclear obter as licenças do Ibama, da prefeitura de Angra, da Comissão Nacional de Energia Nuclear e o aval do Tribunal de Contas da União. Hoje 2,7 mil operários trabalham nas obras da usina. O número vai aumentar para 9 mil no pico da obra. A previsão é que a nova usina entre em funcionamento comercial no final de 2015, gerando sozinha carga suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte. O Brasil já investiu US$ 750 milhões nos equipamentos de Angra 3 e ainda precisa investir R$ 9,9 bilhões. A Eletronuclear diz que 70% dos gastos serão efetuados no País.
