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Candidato da bala deu o 1° tiro, diz Alckmin sobre CPMF

Tucano critica proposta do economista de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, de resgatar o "imposto do cheque"

20 set 2018 - 14h23
(atualizado às 15h34)
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O candidato do PSDB à Presidência nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, criticou na tarde desta quinta-feira, 20, a proposta apresentada pelo economista de seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) de resgatar a cobrança da CPMF, extinta desde 2007. Paulo Guedes afirmou ao Estado que o novo imposto incidiria sobre todas as transações financeiras. Para o tucano, o líder das pesquisas de intenção de voto deu seu primeiro tiro. "É fácil fazer ajuste passando a conta para o povo. O candidato da bala deu o primeiro tiro. Deu tiro no contribuinte, deu tiro na classe média, deu tiro no pobre, deu tiro na economia. O que ele quer é aumentar imposto", disse Alckmin durante agenda de campanha na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Em busca de um 'fato novo' para crescer nas pesquisas, Alckmin se declarou contrário a qualquer aumento de impostos e aproveitou para dar a sua fórmula para o resgate da economia brasileira. "Nós vamos fazer exatamente o contrário. Ajuste fiscal pelo lado da despesa, cortar despesa, apertar o cinto, simplificar, destravar a economia, desburocratizar, pôr a economia para crescer."

Campanha de Geraldo Alckmin exibida nesta quinta, 20
Campanha de Geraldo Alckmin exibida nesta quinta, 20
Foto: Reprodução/Campanha de Geraldo Alckmin / Estadão Conteúdo

Para o tucano, recriar a CPMF - instituída em 1997 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, para custear a saúde pública -, é decisão equivocada. "Nós somos contra aumentar impostos. Contra recriar a CPMF, um imposto em cascata, imposto ruim, que afeta a população de menor renda, a classe média, a economia", afirmou. Em seguida, ressaltou sua proposta de reforma tributária baseada na transformação de cinco impostos (ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI) em um: o IVA (Imposto Sobre Valor Agregado). O IVA, segundo a campanha tucana, dará transparência à carga fiscal e vai redistribuir a carga tributária de maneira mais justa, pondo fim às guerras fiscais.

Já no horário eleitoral veiculado nesta quinta, a campanha de Alckmin retomou a tese de que o Brasil precisa fugir da polarização da "turma de vermelho, que quer o fim da Operação Lava Jato para encobrir o maior escândalo de corrupção do mundo" e a "turma do preconceito, que persegue a mulheres até nas redes sociais e tem ódio a tudo e a todos".

"Nenhum País do mundo prosperou embarcando numa aventura. O Brasil não pode, de novo, dar um salto no escuro. Os brasileiros já elegeram um poste vermelho e não deu certo (em referência a Dilma). Se não deu certo no primeiro, não vai dar com o segundo (Haddad). Também já caímos no conto do vigário, com um presidente sem apoio e se dizia o novo contra tudo e contra todos. Deu no que deu, impeachment duas vezes. Convido você a agir com sabedoria, não escolha com raiva nem com intolerância", pede Alckmin.

Ainda em Guarulhos, o candidato novamente minimizou o fato de não crescer nas pesquisas de intenção de voto, apesar de possuir o maior tempo de TV e no rádio. "Eleição é agora nesses próximos 15 dias. Estamos estáveis, o Datafolha de hoje mostra isso, e temos todas as condições para crescer nesse período. É agora que aumenta o interesse da população. Vamos trabalhar muito."

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Estadão
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