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9 milhões de eleitores tiveram problemas ao usar a biometria

Segundo TSE, número é aceitável; Tribunal diz que sistema foi criado para dar mais segurança, não necessariamente agilidade

27 out 2018 - 05h11
(atualizado às 10h26)
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BRASÍLIA - Cerca de 9 milhões (12,21%) de eleitores que tiveram de usar a biometria no primeiro turno das eleições 2018 não conseguiram ser imediatamente identificados no momento da votação, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número compreende quem votou sem a biometria porque não conseguiu completar o processo e o eleitor que, após tentativas, obteve sucesso na identificação.

Apontada como uma das causas das filas enfrentadas pelos eleitores no último dia 7, a identificação biométrica atingiu neste ano metade do eleitorado brasileiro - 73,7 milhões de pessoas. Na eleição presidencial anterior, há quatro anos, o número era expressivamente menor, cerca de 21,1 milhões de eleitores. Em nota, o TSE afirmou que considera "aceitável" o volume de pessoas que tiveram problema com a biometria no primeiro turno, e que a modalidade existe para trazer "mais segurança ao processo eleitoral, e não maior agilidade".

A sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília
A sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília
Foto: Divulgação / Estadão Conteúdo

A aposta do TSE é de que as filas no segundo turno do pleito, amanhã, devem diminuir. Se, no primeiro turno, o eleitor precisou digitar 19 números, para seis candidatos, neste domingo ele precisará digitar, no máximo, quatro números - para presidente da República e, em alguns casos, para governador, nos locais com segundo turno no executivo estadual. Além disso, o TSE informou que os mesários receberam material informativo contendo orientações sobre a forma correta de coletar a digital do eleitor, além de apontamentos quanto à ordem de votação no segundo turno - primeiro, governador e, depois, o número para presidente.

Questionado sobre os motivos das falhas que envolvem a identificação biométrica, o TSE citou a qualidade da biometria coletada no registro do eleitor, as características particulares das digitais de cada votante, assim como a forma como algumas impressões digitais foram cadastradas por meio de convênios.

No Rio, um convênio entre o Detran-RJ para aproveitamento de dados biométricos do banco de identificação civil foi apontado como uma das causas das longas filas formadas no primeiro turno da votação. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio, cerca de 3,2 milhões de eleitores que tiveram seus dados aproveitados pela parceria foram identificados biometricamente.

A medida será mantida no segundo turno, informa o TRE. "É importante destacar que, no segundo turno, esses eleitores, bem como aqueles que já fizeram o cadastro na Justiça Eleitoral, serão novamente identificados por meio de suas digitais no momento da votação. Em qualquer caso, se as digitais não forem reconhecidas após quatro tentativas, o mesário, utilizando sua própria digital, liberará o acesso do eleitor à urna eletrônica."

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