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Política

Sartori diz que desconhece projeto de aposentadoria especial

Sartori voltou a dizer que a responsabilidade é do Legislativo e que não conhece o projeto em detalhes

26 nov 2014 - 17h14
(atualizado às 17h23)
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Em entrevista nesta segunda ao Terra, candidato ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) falou sobre os desafios que vai enfrentar caso seja eleito
Em entrevista nesta segunda ao Terra, candidato ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) falou sobre os desafios que vai enfrentar caso seja eleito
Foto: Liana Pithan / Terra

O governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), não quer externar sua posição sobre a aposentadoria especial para deputados estaduais. O projeto que institui um regime diferenciado de aposentadoria para os parlamentares gaúchos foi apresentado pela Mesa Diretora da Casa e aprovado na terça-feira (25) a toque de caixa, uma semana após sua publicação no Diário Oficial da Assembleia. A bancada do PMDB, partido de Sartori, foi a que, individualmente, contribuiu com o maior número de votos para a aprovação do projeto. Todos os oito parlamentares peemedebistas votaram pela aprovação do texto. Entre eles, a esposa do governador eleito, a deputada Maria Helena Sartori.

Na manhã desta quarta-feira, questionado por jornalistas sobre o assunto durante um encontro com a diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Sartori desconversou. “Quem tem que responder é o Legislativo estadual. Eu tenho que ter respeito pelas decisões internas de cada Poder, seja o Judiciário, o Legislativo, o Ministério Público.”

O peemedebista também evitou responder sobre o impacto da aprovação do projeto nas contas do Estado. Sartori e sua equipe de transição de governos, bem como os deputados estaduais do partido, vêm apontando a questão financeira como o maior problema do governo gaúcho. “Pelo que eu tenho lido, vai ser a mesma contribuição, de 20%.” Na verdade, o projeto aumenta dos atuais 20% do regime geral da previdência para 26,5% o percentual de contribuição da Assembleia (a chamada contribuição patronal). Assim, para cada parlamentar ou suplente que aderir ao plano, o valor de contribuição da Assembleia, levando-se em conta apenas o subsídio bruto básico dos deputados gaúchos, que hoje é de R$ 20 mil, passaria de R$ 4 mil ao mês para R$ 5,3 mil ao mês.

Questionado sobre a alteração, Sartori voltou a dizer que a responsabilidade é do Legislativo e que não conhece o projeto em detalhes, apesar de o texto estar disponível, na íntegra, no site da Assembleia Legislativa. “Na verdade eu não conheço o projeto como um todo, a responsabilidade política é do Legislativo, e eu sou eleito. O governador se chama Tarso Genro. Mesmo se eu tivesse posição pessoal, ela não precisa ser externada.” 

A partir da aprovação do projeto, o atual governador, Tarso Genro (PT), tem 15 dias para se manifestar, vetando ou sancionando a lei. Como o texto é um Projeto de Lei Complementar de autoria da Mesa Diretora do legislativo, caso o governador vete, os deputados votarão o veto. Publicamente, Tarso já se mostrou contrário à aposentadoria especial dos deputados. A bancada petista no Legislativo fechou posição contra o benefício e na votação de terça, dos 14 deputados da sigla, 12 votaram contra e dois estavam ausentes. Após a aprovação do PLC, foi criada nas redes sociais a hashtag #vetatarso. 

Na outra ponta, o procurador-geral do Ministério Público do Estado, Eduardo de Lima Veiga, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador José Aquino Flôres de Camargo, anunciaram publicamente sua concordância com a aposentadoria especial para os deputados gaúchos. A partir de então, lideranças políticas petistas passaram a questionar a relação entre as manifestações e a isenção necessária ao Judiciário. 

Fonte: Especial para Terra
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