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Política

Para Temer, rebelião da base aliada da Câmara 'é natural'

Vice-presidente acredita que definição da reforma ministerial pode "amenizar toda e qualquer situação mais dramática"

26 fev 2014 - 17h48
(atualizado às 18h00)
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O vice-presidente Michel Temer, importante liderança do PMDB, minimizou nesta quarta-feira a rebelião que parlamentares da base aliada na Câmara dos Deputados vêm movendo contra o poder Executivo. Chamado de "blocão" em Brasília, o movimento é liderado por correligionários de Temer.

"É muito natural que surjam muitas vezes bloco para suportar interesses muitas vezes da própria Câmara dos Deputados. É mais do que natural isso", disse o vice-presidente, que tem experiência de 24 anos como deputado, período no qual exerceu mais de uma vez a presidência da casa. "Aconteceu tantas vezes nas vezes em que eu fui presidente da Câmara e não teve consequências, digamos, maléficas", lembra-se.

Apesar de não admitir que o gesto de rebeldia dos deputados tenha a ver com as escolhas que a presidente Dilma Rousseff fará para mudar a Esplanada dos Ministério, Temer afirmou que a definição da reforma ministerial pode "amenizar" uma situação dramática na relação com os parlamentares. "Não digo que acalma os ânimos, porque o movimento não tem muito a ver com essa coisa da reforma ministerial, mas evidentemente que colabora para amenizar toda e qualquer situação mais dramática", afirmou.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff telefonou para Temer prometendo uma conversa para esta semana. O vice-presidente ainda não sabe quando será o encontro - que pode ficar para depois do Carnaval -, mas acredita que será decisivo na distribuição de novas pastas para o PMDB.

Na última segunda-feira, Michel Temer reuniu líderes dos partidos aliados que compõem o blocão, que pedem mais independência do Legislativo em relação ao governo. Dos parlamentares, o vice-presidente ouviu que a insatisfação é com a relação dos poderes e não uma oposição à gestão atual. "Foram unânimes em afirmar que o movimento não era contra o governo", disse Temer. "Então, não temos preocupação com isso não", concluiu.

Fonte: Terra
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