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Impeachment

Lula minimiza derrota em "comissão montada por Cunha"

11 abr 2016 - 22h02
(atualizado às 22h02)
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Foto: Gustavo Oliveira / Futura Press

Durante protesto contra o impeachment de presidente Dilma Rousseff, realizado na noite desta segunda-feira no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou o resultado negativo obtido na comissão do impeachment, que decidiu aprovar o relatório de Jovair Arantes (PSDB-GO). "Isso não quer dizer nada. A comissão foi montada pelo Eduardo Cunha", disse durante o evento, acompanhado de intelectuais e artistas como o músico Chico Buarque, a sambista Beth Carvalho e o humorista Gregorio Duvivier.

Ao citar mais uma vez o processo de impeachment como "tentativa de golpe à democracia", Lula lembrou dos tempos da ditadura militar no Brasil. "Eu, ainda muito jovem, por alguns momentos, acreditei que o Brasil ia melhorar e demorou 23 anos para a gente recuperar a direito à democracia nesse país. Eu jamais imaginei a gente ver golpista tentando tirar uma presidente eleita pelo voto popular", criticou. "Eu queria que eles soubessem que eu desde muito cedo aprendi a andar de cabeça erguida. É importante a gente dizer: aprendam com o Lula, saibam esperar, o Lula esperou 12 anos pra chegar lá".

Foto: José Lucena / Futura Press

Muito aplaudido pelos presentes, Lula atacou setores da imprensa e a oposição de não "respeitar o direito das urnas". Apesar disso, afirmou não ter raiva das acusações em que está envolvido. "Perdi eleições e fiquei quieto. Perdi roubado com o apoio da Globo e fiquei quieto. E nunca vocês viram eu reclamar, eu ir pra Justiça para tentar derrubar os que ganharam de mim. Eu não quero ter raiva, a gente mede o brasileiro pela vergonha que a gente tem na cara. Eu não tenho vergonha de usar vermelho, porque meu sangue é vermelho, porque o vermelho simboliza a corrente sanguínea. Quem quer ser amarelo é porque tem hepatite", ironizou.

Lula ainda falou sobre o convite para ser ministro da Casa Civil do governo Dilma e o processo que corre na Justiça para não tomar posse. "A Dilma me convidou para voltar em agosto e eu não quis, me convidou depois e eu não quis. Quando foi agora ela disse que precisava de mim e eu aceitei para recuperar esse país", explicou.

Foto: José Lucena / Futura Press
Fonte: Redação Terra
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