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Cidades

Jornalistas são atacados com pedras no centro de Belo Horizonte

22 jun 2013 - 21h08
(atualizado às 21h08)
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O carro da rádio Itatiaia foi alvo de vândalos, que jogaram pedras e quebraram o vidro para-brisa
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

Um carro onde estavam três jornalistas e uma equipe técnica da Rádio Itatiaia foi atacado por baderneiros que saqueavam a região na noite deste sábado, ao chegar à praça Sete de Setembro, no centro de Belo Horizonte.  Os vândalos, que se dispersaram depois do confronto com a Polícia Militar próximo ao Estádio do Mineirão, se concentraram na avenida Afonso Pena.

Protestos tomam as ruas do País; veja fotos

Eles quebraram e saquearam lojas e bancos da região. Os jornalistas chegaram no mesmo carro, um Fiat Doblò, para registrar a ação do grupo, mas foram recebidos com pedradas.

O veículo teve os vidros quebrados. O motorista da rádio teve que sair de ré para escapar do bando, que hostilizava a equipe com palavrões.

O correspondente do Terra em Minas Gerais Ney Rubens estava no carro. Segundo ele, ninguém se feriu. Também estavam no veículo o repórter do UOL Vinícius Segalla, a repórter da rádio Itatiaia Mônica Miranda, além da equipe técnica da emissora. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

Dilma apoia manifestações, mas condena atos de vandalismo:

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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