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Cidades

Governo prevê 45 mil casos de coronavírus em SP em 4 meses

Desse total, 10 mil pessoas precisariam de UTI; informação circulou em áudio do cardiologista Fábio Jatene e foi confirmada pelo coordenador do Centro de Contingência para o Coronavírus do Estado de São Paulo

12 mar 2020 - 12h40
(atualizado às 13h17)
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O governo do Estado de São Paulo prevê que 45 mil pessoas serão infectadas pelo novo coronavírus em quatro meses na região metropolitana de São Paulo, das quais 10 mil precisarão de leitos de UTI. O cenário foi apresentado a médicos do Instituto do Coração (InCor), unidade que deve ceder leitos para atender doentes infectados pela covid-19, por Fábio Jatene, diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Instituto, citando números de David Uip, coordenador do Centro de Contingência para o Coronavírus do Estado de São Paulo.

Passageiro com máscara de proteção contra coronavírus desembarca no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo
27/02/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Passageiro com máscara de proteção contra coronavírus desembarca no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo 27/02/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

"Este áudio é verídico, e é cabeça de cirurgião cardíaco. É decorrente de uma reunião e, dentro de estratégia, nós planejamos. (Precisamos) guardar duas considerações. Isso não acontece de uma vez, tem sazonalidade. O Incor tem uma UTI, que treinará todas as unidades. Ele (Jatene) falou de cenários do que podem acontecer. Essa conta de 1% não é em cima de 26 milhões, você elenca as pessoas acima de 50 anos", afirmou Uip em coletiva nesta quinta-feira.

De acordo com informações de pessoas presentes na reunião, o governo estima que o número de casos confirmados "vai explodir" no País a partir de agora e que dificilmente a rede de saúde vai dar conta de atender todos os casos graves.

Alguns hospitais de referência já estão sendo preparados para o cenário de emergência. Um andar inteiro do Hospital das Clínicas de São Paulo já estaria com seus 75 leitos de UTI reservados para doentes com infecção pelo coronavírus.

Estadão
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