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Após áudio, Bolsonaro diz que tinha liberdade com Queiroz

Antes de deixar os Emirados Árabes rumo ao Catar, presidente afirma que tratar da demissão de funcionários dos gabinetes de seus parentes é 'normal'

28 out 2019 - 07h32
(atualizado às 09h33)
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Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto
08/10/2019
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 08/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Ao comentar o vazamento de áudios atribuídos à Fabrício Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 28, que até 2018 "tinha liberdade" para conversar com o ex-assessor de seu filho, o agora senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) sobre diferentes assuntos. Segundo ele, tratar da demissão de funcionários dos gabinetes de seus parentes é "normal". Bolsonaro falou sobre o assunto com jornalistas ao deixar os Emirados Árabes rumo ao Catar.

Em gravações divulgadas pelos jornais Folha de S. Paulo e O Globo, Queiroz diz que Bolsonaro o comunicou sobre a intenção de demitir uma funcionária do gabinete de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), porque haviam suspeitas de que ela não trabalhava efetivamente no gabinete.

Segundo Bolsonaro, Cileide Barbosa Mendes não era uma funcionária fantasma e a sua demissão "não tem nada para espantar".

"Até estourar o problema eu tinha liberdade com o Queiroz, conversava com ele algumas coisas. No ano passado, se for ver, no meu gabinete eu mandei embora 5, 6 pessoas. Eu passava praticamente de segunda a sábado fora de casa, comecei a não ter o controle de quem estava no Rio. Exatamente para evitar problema essas pessoas foram demitidas", disse Bolsonaro nesta segunda.

Sobre a situação de Cileide, o presidente disse que ela sabia que não poderia continuar contratada caso ele fosse eleito presidente da República e Flávio Bolsonaro fosse para Brasília. Em seguida, no entanto, ele lembrou que Cileide era funcionária no gabinete de Carlos Bolsonaro, que continua no Rio. Jair Bolsonaro destacou mais de uma vez que a ex-funcionária mora em uma propriedade registrada em seu nome, embaixo do local onde funcionava o seu escritório de apoio.

"Essa específica, a Cileide, ela se formou em enfermagem tem dois anos aproximadamente, fez uma especialização, e ela sabia que não ia continuar conosco porque eu não sendo eleito, o Flávio não eleito (no Rio), (ela) não viria para Brasília. Se bem que ela estava no gabinete do Carlos. Mas é uma mudança normal isso aí, não tem nada para espantar", disse.

"O pessoal quer pegar fantasma e rachadinha. Ela (Cileide) sempre morou ali, a casa é minha, está em meu nome, ela mora ali embaixo", afirmou Bolsonaro.

O relatório do Coaf que indicou movimentações bancárias atípicas nas contas de Queiroz no período em que ele trabalhava no gabinete de Flávio foi divulgado pelo Estado em 2018. Bolsonaro voltou a dizer nesta segunda que não fala com o ex-assessor desde então. "O Queiroz cuida da vida dele e eu da minha", reafirmou.

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