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Passos à frente e obstáculos: 6 dicas de como guiar uma pessoa cega

Alertar sobre obstáculos no caminho e ajustar a velocidade dos passos são algumas dicas para guiar uma pessoa com deficiência visual

11 jun 2024 - 05h00
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Resumo
Saber como guiar uma pessoa cega é essencial para garantir uma experiência segura e confortável, desde a solicitação de ajuda até a chegada ao destino, sendo preciso respeitar a autonomia da pessoa, acomodar seu ritmo e fornecer instruções detalhadas do entorno.
Antes de oferecer sua ajuda, é bom perguntar se a pessoa precisa de assistência
Antes de oferecer sua ajuda, é bom perguntar se a pessoa precisa de assistência
Foto: iStock: FG Trade

Guiar uma pessoa cega envolve mais do que apenas pegar em sua mão e levá-la até o destino. É uma atividade que requer sensibilidade, respeito e uma compreensão clara das necessidades da pessoa. 

Embora muitas pessoas com deficiência visual usem bengalas ou cães-guia para se locomoverem de forma independente, há momentos em que uma ajuda adicional pode ser necessária. Nessas situações, é essencial saber como oferecer essa assistência de maneira adequada para garantir uma experiência segura e confortável.

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Pergunte antes de ajudar

Antes de oferecer qualquer assistência, pergunte à pessoa cega se ela deseja ou precisa de ajuda. Respeitar sua autonomia é fundamental, pois nem sempre a ajuda é necessária. Se a pessoa aceitar, pergunte como ela prefere ser auxiliada. Cada indivíduo possui suas próprias preferências e necessidades.

É importante lembrar que a comunicação clara e direta é essencial. Utilize um tom de voz tranquilo e explique suas intenções de maneira simples. Evite fazer suposições sobre o que a pessoa precisa, em vez disso, ouça atentamente suas respostas e siga suas instruções. Dessa forma, você garantirá que a ajuda seja verdadeiramente útil e bem-vinda.

Esteja um passo à frente

Quando estiver guiando uma pessoa cega, posicione-se um passo à frente dela. Esta posição permite que a pessoa segure em seu ombro ou cotovelo, facilitando o acompanhamento dos seus movimentos. Além disso, oferece uma orientação clara e reduz o risco de acidentes durante o percurso.

Ajuste a velocidade dos passos

Ao caminhar, mantenha um ritmo constante e previsível. Isso permite que a pessoa se sinta segura e confiante em seguir os seus passos. Lembre-se de adaptar a velocidade de acordo com as necessidades da pessoa, garantindo um deslocamento confortável para ambos. Se for preciso, pergunte se o ritmo está adequado para a pessoa que está sendo assistida. 

Obstáculos no caminho

É fundamental informar a pessoa sobre quaisquer obstáculos que possam surgir no caminho. Fique atento aos degraus, buracos e objetos no chão durante o percurso. Como observado pelo influenciador deficiente visual Fernando Campos, também é bom alertar obstáculos como galhos de árvores. “É bom avisar obstáculos aéreos também”, disse em vídeo.

Além de avisar sobre a presença dos obstáculos, ofereça informações adicionais sobre sua localização. Por exemplo, indique se um degrau é alto ou baixo, se um objeto está próximo ou ainda se um obstáculo aéreo está acima da altura da cabeça. Esses detalhes são fundamentais para que a pessoa cega possa tomar decisões informadas e caminhar com confiança pelo ambiente.

Pausas

Quando a pessoa sentir a necessidade de fazer uma pausa, pare junto com ela. Durante esse intervalo, esteja ao seu lado para oferecer assistência, se solicitado, e aproveite a oportunidade para descrever o ambiente ao redor. Ao compartilhar informações sobre o entorno, como sons, cheiros e características físicas do local, você ajuda a pessoa a manter uma compreensão atualizada do espaço.

Ao retomar o movimento, após a pausa, permita que a pessoa se adapte ao ritmo gradualmente, sem pressa. Siga seu tempo e mantenha uma comunicação aberta, garantindo que ela se sinta pronta para continuar.

Orientação no destino

Ao chegar no destino, é o momento de oferecer orientações precisas e úteis para que ela se familiarize com o ambiente. Certifique-se de direcionar a pessoa para um ponto de referência que ela já conheça ou possa identificar facilmente, o que pode ser um objeto específico, uma entrada reconhecível ou qualquer outra característica importante.

Além disso, em vez de limitar-se a apontar pontos de referência evidentes, também leve em consideração a disposição geral do espaço e forneça instruções detalhadas sobre como caminhar até áreas específicas, se necessário.

Fonte: Redação Nós
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