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Embaixador brasileiro no Mali é denunciado por “atos de caráter escravocrata”

Itamaraty, no entanto, não desligou o embaixador e optou por assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta

14 fev 2023 - 10h36
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Embaixador Carlos Eduardo de Ribas Guedes durante sua sabatina no Senado
Embaixador Carlos Eduardo de Ribas Guedes durante sua sabatina no Senado
Foto: Senado Federal do Brasil

Funcionários da Embaixada do Brasil no Mali, na África, denunciaram o embaixador Carlos Eduardo de Ribas Guedes por assédio moral, com práticas e “atos de caráter escravocrata”. 

Por meio de um documento enviado ao MInistério do Trabalho e duas outras autoridades do Mali, no último dia 9 de fevereiro, funcionarios afirmaram que “efetivamente, há dois anos, os funcionários são vítimas de assédio, de gestos e propostas desumanas, degradantes, que ferem a honra e a dignidade e atos de caráter escravocrata”.

Dentre as práticas do embaixador denunciadas estavam ordem para que dois empregados da residência se ajoelhassem diante dele, chamar uma funcionária de puta e impedimento de que um funcionário levasse a esposa grávida ao hospital e um outro de ajudar a filha doente que estava internada e acabou falecendo. 

Sede do Itamaraty em Brasília. Orgão recusou expulsão de embaixador, optando por assinatura de Termo de Ajuste de Conduta
Sede do Itamaraty em Brasília. Orgão recusou expulsão de embaixador, optando por assinatura de Termo de Ajuste de Conduta
Foto: Poder360

O documento afirma ainda que “o governo brasileiro tendo sido informado sobre essa situação despachou uma missão de inspeção a Bamako [capital do Mali] para ouvir todos os funcionários da embaixada, incluindo dois do ministério brasileiro das relações exteriores” e que “um procedimento administrativo disciplinar foi aberto em novembro de 2022 por aquele [Ministério das Relações Exteriores], logo depois da missão de outubro, que ouviu os testemunhos de certas pessoas entra nós por meio de videoconferência”.

O Itamaraty decidiu não expulsar o embaixador, e optou pela assinatura deTermo de Ajustamento de Conduta, cujo extrato foi publicado no Diário Oficial da União na sexta-feira (10).

Fonte: Redação Nós
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