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Fiéis ortodoxos rezam pelos mártires do Kursk

Domingo, 20 de agosto de 2000, 11h33min
"As palavras de nada servem. Tudo o que podemos fazer é rezar": na igreja de São Nicolau, em Murmansk, o padre Andreï, ele próprio um ex-oficial da marinha, convidou domingo os fiéis para rezar pelos marinheiros do Kursk.

Durante uma liturgia de duas horas, que reuniu mais pessoas que de hábito, padre Andreï Ameline rezou em intenção dos 118 tripulantes, prisioneiros no submarino, afundado desde o dia 12 de agosto no mar de Barents. Toda a cidade, que vive no ritmo das manobras dos navios da frota do norte, baseada a alguns quilômetros de lá, chorava domingo os marinheiros, provavelmente mortos.

O padre rezou também para aqueles que poderiam ter sobrevivido a tragédia. "O futuro deles depende do que vai acontecer nas próximas horas", disse ele à AFP após a liturgia. "É essencial que tudo o que for possível seja feito ainda hoje", comentou, no momento em que equipes de socorro britânicas e norueguesas tentam uma última operação.

O padre Andreï não hesitou em criticar a lentidão das autoridades russas em aceitar socorro estrangeiro. "A vida é mais importante que o segredo", disse ele. "Se o socorro tivesse começado antes, algumas vidas poderiam ter sido salvas".

O padre, que passou cinco anos na Frota do norte, prestou homenagem aos "mártires" do Kursk, prontos "a dar a vida pelos outros", destacando que "cada militar é um homem crucificado com antecedência".

Estimou que é dever do governo recuperar os corpos, para que as famílias possam oferecer aos marinheiros mortos um enterro digno. "É muito importante para a Igreja ortodoxa, como para os católicos", afirmou o padre para a multidão diante de um enorme altar erguido fora da igreja, devido a obras.

Em Moscou, a lembrança dos marinheiros do Kursk ocupou também todos os pensamentos dos fiéis reunidos na catedral do Cristo Salvador para a cerimônia de canonização do czar Nicolau II e de sua família. Milhares de pessoas ouviram o Patriarca de todas as Rússias, Alexis II, rezar pela memória do "novos mártires russos".

Copyright 2000 AFP

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