As equipes de resgate de britânicos e noruegueses lançaram neste domingo uma operação no mar de Barents, última tentativa para resgatar os eventuais sobreviventes entre os 118 tripulantes do submarino nuclear "Kursk", mas as dificuldades para que o aparelho britânico possa se acoplar contribuem para aumentar o pessimismo.
As deformações no casco do submarino podem impedir o acoplamento do minissubmarino britânico LR5, declarou domingo o vice-primeiro-ministro russo Ilia Klebanov ao ver as primeiras imagens captadas por câmaras de vídeo, informou a rede de televisão RTR.
As imagens mostraram que a escotilha, por onde a tripulação teria podido eventualmente ser retirada do submarino, está muito deformada para que outro apaelho possa fazer o acoplamento. Esta opinião foi confirmada por fontes norueguesas citadas pela Interfax.
Os mergulhadores que chegaram sábado à noite ao local da tragédia organizaram hoje bem cedo uma primeira descida até o casco do submarino nuclear afundado dia 12 de agosto a 108 m de profundidade. "Todas as esperanças estão depositadas, agora, numa operação manual efetuada por mergulhadores noruegueses com a ajuda de uma 'cápsula' submarina", um esforço que poderá ser empreendido ainda hoje, declarou Klebanov.
O ministro estimou também que o submarino havia sido inundado "talvez até um quinto ou sexto compartimento". A escotilha de socorro fica no nível do nono e último compartimento.
Segundo fontes britânicas as equipes de socorro sondaram o casco do submarino e chegaram à conclusão de que o "Kursk" estaba quase totalmente inundado. Neste domingo os socorristas tentarão abrir a escotilha do "Kursk". Aí ficam também os manômetros indicadores da pressão no interior,.
Se a pressão no interior dos compartimentos traseiros não ultrapassar duas ou três vezes a pressão atmosférica restará alguma esperança de encontrar sobreviventes.Apesar de todas as dúvidas existentes sobre a possibilidade mínima de encontrar sobreviventes, o secretário britânico de Defesa, John Spellar informou domingo que os socorristas britânicos continuarão seus esforços mas que eles avaliarão minuciosamente a situação, antes de arriscar as próprias vidas.
Aumenta pessimismo das equipes de socorro
