Atualizada às 11h45O chefe do Estado-Maior da Frota Norte, Mikhail Motsak, divulgou este sábado novas informações sobre o "Kursk", naufragado a 108 metros de profundidade no Mar de Barents desde o sábado passado. Ele admitiu que o pior é "muito provável", na catástrofe do submarino Kursk, segundo a televisão estatal RTR. Motsak descreveu cenas de desespero no interior do submarino, que está provavelmente inundado. Estas informações vinham sendo mantidas em sigilo pelos russos desde quarta-feira, quando cessaram os sinais feitos pelos tripulantes através de batidas no casco.
Segundo algumas fontes militares, até cerca de 70% dos 118 tripulantes estariam na proa, a parte da embarcação mais danificada pelas explosões ou colisão seguida de explosões. Segundo Motsak, todos os marinheiros que se encontravam na proa "provavelmente morreram imediatamente". Em relação aos sobreviventes do acidente, que se encontravam na popa do submarino, Mostak disse que eles "batiam nas paredes para informar que elas já não eram herméticas, que entrava água e que pediam oxigênio". "É possível que o sistema de vedação tenha sofrido um problema na explosão. Ou que um tripulante tenha tentado sair do submarino, coisa que a princípio não estava prevista", disse.
"Agora passaremos à segunda etapa das operações de salvamento", que é "penetrar no interior do submarino para encontrá-los vivos ou mortos". "Nos veremos muito provavelmente obrigados a comprovar que nossos piores temores se realizaram", declarou o vice-almirante Mikhail Mostak, num depoimento dramático concedido à TV estatal RTR.
Para o chefe do Estado-Maior da Frota do Norte, o submarino "Kursk" "está provavelmente inundado em sua totalidade".
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