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Oficial russo diz que tripulantes do Kursk podem estar vivos

Sábado, 19 de agosto de 2000, 10h08min
Alexei Bressel pode ser considerado um homem de sorte. Membro da tripulação do Kursk, ele só escapou do acidente por estar de licença em terra, quando o submarino partiu para o Mar de Barents. Oficial da Frota Norte, ele ainda acredita que seus camaradas podem estar vivos, apesar das difíceis condições, numa entrevista publicada este sábado pelo jornal russo Kommersant.

"Se os marinheiros não tiverem morrido no choque ou afogados, têm muitas possibilidades de sobreviver. No interior do submarino, de ouve a agitação do exterior", o que dá a eles esperanças de resgate, afirma Alexei Bressel, um oficial que participou de suas missões de quatro semanas no Kursk, mas ganhou uma licença antes da última viagem do submarino.

"Os marinheiros têm uma enorme força interior, estão acostumados a trabalhar dia e noite", assegura, reconhecendo no entanto que as condições dentro do submarino devem ser extremamente difíceis, mais difíceis que qualquer treinamento imaginado.

Segundo Alexei, quando acontece um acidente os tripulantes estão devidamente condicionados por anos de treinamento para aplicar imediatamente as medidas necessárias de modo a limitar os danos. "Quando é dado o alerta, todos os membros da tripulação devem regressar a seus alojamentos e assegurar a hermeticidade. Depois, todo mundo deve se deitar no chão e esperar as ordens do comandante", explicou Alaxei Bressel.

O Primeiro problema é o abastecimento. Em seus alojamentos, os marinheiros do Kursk podem estar sem água nem comida, na escuridão e com frio. Teoricamente, os víveres se encontram repartidos por todos os compartimentos do navio, "mas em situações como esta não há tempo de colocar reservas de emergência nos compartimentos", afirmou o oficial.

No Kursk, todas as reservas de água e comida devem se encontrar no quarto compartimento. Mas, segundo o contra-almirante Valeri Alexin, ex-chefe piloto da Frota citado pelo jornal Nezavisimaya Gazeta, "o terceiro e o quarto compartimento estão inundados".

Além disso, privados de fontes de energia, os marinheiros devem sobreviver numa temperatura inferior a 10 graus centrígrados.

O segundo problema é em relação às ordens. Em caso de avaria grave, os marinheiros não podem abandonar seus compartimentos herméticos. Segundo Alexei Bressel, os marinheiros não tentaram sair do submarino por seus próprios meios porque não receberam a ordem.

"Podemos evacuar mesmo a uma profundidade de 100 metros, fomos treinados para isso durante seis meses", assegurou. Segundo Bressel, a bordo do Kursk se encontram cerca de 20 recrutas jovens que começaram seu serviço militar na última primavera (boreal).

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Copyright 2000 AFP

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