MUNDO
  Últimas     Notícias     Mundo     Brasil     Economia     Esporte     Informática     Revistas

INDICADORES
» Cotação do dólar
» Outros indicadores
BOLSA DE VALORES
» Consulte uma cotação
» Bolsas
BASTIDORES
» Claudio Humberto
JORNAIS DA REDE
» Manchetes do dia
PREVISÃO DO TEMPO

» Imagem do satélite
SERVIÇOS
» Agenda
» Cotação de Automóveis
» Empregos
» Horóscopo
» Loterias
» Imposto de Renda
BUSCA
» Busca em notícias
» Busca na Internet

Tripulantes do Kursk podem morrer lentamente por asfixia

Quinta, 17 de agosto de 2000, 12h33min
Os tripulantes russos presos a 108 metros de profundidade no submarino Kursk poderiam morrer lenta e penosamente, por asfixia, explicavam hoje especialistas do Instituto de Problemas Médico-Biológicos de Moscou, citados pela agência de notícias Interfax.

Quem está vivo a bordo do Kursk poderia enfrentar em 24 horas os sintomas da hipoxia, a diminuição da quantidade de oxigênio no sangue, afirmam os especialistas.

A Marinha forneceu até agora avaliações contraditórias sobre as reservas de oxigênio do Kursk, afirmando em um primeiro momento que elas se esgotariam em 18 ou 26 de agosto. Estas diferenças se devem à "ausência de informações sobre o número de sobreviventes entre os 118 membros da tripulação", dizem os médicos.

Os especialistas explicaram que um adulto consome pelo menos 420 litros de oxigênio (640 gramas) em 24 horas e expira 420 litros de gás carbônico (880 gramas). Quando estas proporções não são respeitadas, se produz a hipoxia. Os primeiros sintomas são reações compensatórias, como asfixia, palpitações no coração e aumento do número de glóbulos vermelhos no sangue.

Mais adiante, estas reações nos permitem garantir que os tecidos cumpram o consumo normal de oxigênio e acontece então "a fome energética": a pulsação se enfraquece e o coração bate cada vez mais lentamente. Algumas pessoas se tornam pálidas e começam a suar frio. O enfraquecimento do sistema nervoso provoca apatia, sono e problemas de comportamento.

As vítimas de hipoxia perdem a sensibilidade e a memória e têm dificuldade de se movimentar. Nos casos mais graves, acontecem desmaios e a perda do controle do esfíncter. A pressão arterial baixa, a respiração pára e a morte chega.

Se os tripulantes forem resgatados na fase terminal da hipoxia, poderão ser salvos graças à "oxigenação urgente", injeção de uma solução de oxigênio na corrente sanguínea, ou através da utilização de um tubo de oxigênio ou de aparelhos respiratórios especiais.

Os tripulantes também correm o risco de sofrer danos psicológicos devido à falta de oxigênio e à ausência de luz e comunicação.

A seleção de marinheiros para a tripulação de submarinos "é muito rigorosa", mas as reações humanas frente a um acidente como o do Kursk são imprevisíveis, sublinham os médicos.

» Principais notícias sobre o submarino nuclear russo
» Principais acidentes de submarinos nucleares
» Brasil prepara submarino nuclear
» Veja a animação
» Confira as fotos e a descrição do submarino

Copyright 2000 AFP

Volta

Todos os direitos de reprodução e representação reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

 

Copyright© 1996 - 2000 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.