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Russia critica falta de ação de Putin no acidente com o Kursk

Quinta, 17 de agosto de 2000, 10h58min
O presidente russo, Vladimir Putin, não interrompeu suas férias para intervir na tragédia do submarino Kursk, encalhado no fundo do mar de Barents, o que demonstra, segundo os analistas políticos, a incômoda situação em que se encontram as autoridades civis e militares.

"Não foi só o submarino K-141, que naufragou, mas também todo o governo", comentava hoje o jornal Izvestia.

"Por que o presidente acredita ser possível ficar calado durante cinco dias, enquanto o país inteiro só pensa no salvamento dos marinheiros?", questionava o jornal Komsomolskaia Pravda.

A avaria do Kursk, ocorrida sábado antes do meio-dia, de acordo com as últimas informações, só foi anunciada na segunda-feira pela marinha. No entanto, os observadores destacam que o presidente foi obrigatoriamente informado do acidente antes de partir, no sábado à noite, para o balneário de Sochi, às margens do mar Negro.

Putin só interveio na quarta-feira à noite, limitando-se a uma breve declaração.

O presidente reconheceu que a situação do Kursk era "grave e inclusive crítica", mas reiterou que a Rússia "dispunha de todo o necessário" para o resgate, em resposta às propostas de ajuda de países estrangeiros. Mais tarde foi um porta-voz da marinha o encarregado de anunciar que Putin havia dado ordem de aceitar todo tipo de ajuda para o resgate do Kursk.

Até pouco depois do meio-dia de hoje, Putin não havia fornecido mais declarações nem interrompido suas férias.

Um silêncio "ensurdecedor", e quase tão significativo como a trágica mudez dos 118 marinheiros do Kursk, comentavam os analistas. Sobretudo porque Putin deve boa parte de sua popularidade à impressão que os russos têm de que ele assume plenamente a responsabilidade do Estado, depois de anos de um quase inoperante Boris Yeltsin no poder. Mais de 73% dos ouvintes da rádio Echo de Moscou acreditam que Vladimir Putin deveria interromper suas férias.

"Desde o primeiro minuto, a catástrofe deveria ter se tornado a obsessão, não só da equipe de socorro, como de todo o estado, começando pelo presidente", opinou o Izvestia.

De acordo com o jornal Kommersant, Putin "cuidou" de assumir a responsabilidade de uma operação de salvamento quase desesperada, na qual a Rússia teve que aceitar a humilhação de uma ajuda de países da OTAN.

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Copyright 2000 AFP

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