A imprensa russa denunciou hoje a insuficiência dos recursos técnicos e humanos russos, para socorrer os 118 marinheiros do submarino nuclear Kursk, com sérias avarias a 108 metros de profundidade no Mar de Barents desde sábado.
"Os meios técnicos e a experiência foram perdidos. A marinha russa já não é capaz de utilizar a frota de submarinos atômicos que herdou da URSS", denuncia o jornal Sivodnia, citando o almirante Georgui Kostev, ex-chefe do Estado-Maior russo.
Os jornais russos lembraram tanto os fracassos dos aparelhos de resgate quanto as dificuldades para utilizar flutuadores para içar o Kursk."Os submarinos de socorro estão equipados com baterias antigas por medida de economia. Um deles, o "Priz", quase conseguiu prender amarras ao submarino, mas teve que voltar à superfície com urgência, porque suas baterias já estavam descarregadas", denuncia o Komsomolskaya Pravda.
"Cabe perguntar para que serve um aparelho de resgate cujas baterias duram tanto quanto as pilhas chinesas compradas no camelô" ironiza o Vremia Novostei, ressaltando que os minissubmarinos de socorro "só estão adaptados a trabalhar numa piscina".
Segundo o Kommersant, a outra possibilidade de socorro examinada, a de utilizar flutuadores para içar o submarino, á praticamente impossível. "A frota russa possui flutuadores de tamanho adequado, mas quase nunca os utiliza, o que faz concluir que seu estado esteja muito longe do ideal", denunciou o jornal.
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