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Famílias dos tripulantes choram e rezam

Quarta, 16 de agosto de 2000, 09h20min
Descrevendo suas vidas como um inferno, as famílias dos 116 marinheiros russos presos no submarino encalhado no fundo do mar de Barents lutam para agüentar o drama do resgate no fundo do mar, com um mínimo de informação da qual podem tirar algum conforto.

"A pior coisa é a falta de informação", disse Galina, cujo marido e capitão-de-fragata Viktor Belogunya está entre os aprisionados cem metros abaixo do tempestuoso mar de Barents.

Ela disse no domingo, primeiro dia em que a marinha admitiu haver problemas com o submarino, que as famílias dos marinheiros "estavam vivendo um verdadeiro inferno".

"Só existem rumores. Cada noticiário de televisão é como uma execução", ela disse ao jornal Kommersant.

O canal de TV russo RTR exibiu hoje uma reportagem com as famílias dos marinheiros do Kursk, mostrando os parentes atormentados na Base naval de Severomorsk.

"Eu vim com esperança", disse Yyacheslav Shchevinsky, pai de um oficial a bordo do Kursk, que chegou à base hoje, da cidade Báltica de São Petersburgo. Mas ele se deu conta de que há pouca chance de a tripulação ser salva.

"A temperatura a bordo do submarino caiu, não sabemos se eles têm roupas suficientes para o frio, as reservas de oxigênio estão diminuindo e não há mais contato com eles", disse Shchevinsky, que serviu durante 22 anos em submarinos russos.

As reservas de oxigênio duram até sexta-feira, de cordo com o chefe da Marinha Vladimir Kuroyedov. Hoje uma nova tentativa de resgate dos homens falhou. Um mini-submarino russo não conseguiu se acoplar ao Kursk no meio do mar bravio.

A agência russa Itar-Tass citou fontes na Frota do Norte que diziam que os navios de resgate russos não estão mais detectando sinais acústicos de dentro do Kursk desde o início desta quarta-feira.

Uma equipe de psicólogos foi enviada à vila de Vidyayevo, próximo à base naval do norte, onde vivem várias famílias de marinheiros.

Os moradores de Vidyayevo "rezam e mantêm as esperanças", disse a professora da escola da vila, Yekaterina Nikolayevna. "Por mais que a gente continua com esperanças, quando ligamos a TV começa todo o desespero. Não dá mais para suportar".

A imprensa russa disse que vários recrutas novos estão a bordo do Kursk. O chefe de equipe pôs à disposição das famílias um serviço telefônico, para que todos recebam novas notícias assim que a marinha as tenha.

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Copyright 2000 AFP

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