A moda depois do 11 de setembro
Quinta-feira, 12 de setembro de 2002
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Foto: Divulgação/PlanetPop
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Símbolos de patriotismo, as cores da bandeira dos EUA viraram febre na moda
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Embora a interrupção da Semana de Moda de Nova York tenha sido o último
assunto a ter importância na época dos atentados terroristas de setembro, o
mercado fashion sofreu com a tragédia. A crise econômica que se seguiu
reduziu o número de desfiles de quase 100 para menos de 30 no evento
seguinte, realizado em março. Na próxima semana, a cidade tenta mostrar um
cenário mais animador.
Se na economia os sinais eram fortes, a moda em si também teve de se adaptar
à realidade pós-terrorismo. A estilista Catherine Malandrino aproveitou o
sucesso de uma camiseta regata que fez para a turnê Drowned World, de
Madonna, com a estampa da bandeira americana, e lançou uma coleção completa
inspirada no motivo de estrelas e listras. O vermelho e azul apareceu, como
de costume, na moda preppie de Tommy Hilfiger e em várias peças de grifes de
sportswear.
O mais forte, no entanto, foi o clima mais sóbrio nas coleções de inverno
(desfiladas em março, que começam a chegar ao mercado americano agora), que
deixaram os excessos de lado e apostaram com força no romantismo. O jeans
ganhou ainda mais força, por conta de seu caráter casual, enquanto o preto
voltou a ser apropriado.
A verdadeira influência dos ataques deve aparecer nos próximos dias, quando
serão mostradas as coleções de verão 2003 no Hemisfério Norte. Muitos
analistas acreditam que as roupas, que foram criadas durante o primeiro
semestre deste ano, devem refletir ainda o espírito da tragédia, enquanto
outros, acham que a estação deve ser mais relax, apontando para novos
tempos. Fique de olho.
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Guto Barra / Direto de NY
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