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Direto de NY
Ana Abdul conquista a moda internacional
Terça-feira, 08 de outubro de 2002
Foto: Divulgação/PlanetPop
As criações de Ana viraram referência
no universo fashion da cidade

Conquistar Nova York e dar certo no mundo da moda internacional é o sonho de muitos estilistas de vários lugares do mundo. O processo, no entanto, pode ser longo e não depender apenas de dinheiro, sorte ou contatos - mas de intuição e visão. Ana Abdul, a brasiliense que abriu a loja Language em 1998, ao lado do marido, Lipe Medeiros, é um ótimo exemplo do quanto é possível transformar a experiência na chamada capital do mundo em inspiração para a criação de novos conceitos.

Em quatro anos a loja virou um dos pontos mais observados da badalada região de NoLIta; a versão online conquistou clientes em todos os continentes; e Ana virou referência no universo fashion da cidade, ganhando elogios da "Vogue" americana por sua primeira coleção própria (que leva a marca Language e foi comprada pela badalada loja de departamentos Henri Bendel, entre outras), e indo parar nas páginas da "Bazaar" em uma reportagem sobre as mulheres .

Ana trocou Brasília por Nova York em 1994, depois de fazer exposições em várias cidades brasileiras. Passou uma temporada no estúdio da fotógrafa Annie Leibovitz, abriu um ateliê na região do Meat Market e trabalhou no MoMA. Em 1996, ela se casou com Lipe e os dois tiveram a idéia de abrir uma loja para vender trabalhos dos dois. O sucesso começou antes mesmo da inauguração: uma editora da "Vogue" americana publicou uma nota na revista dizendo que a Language era a resposta nova-iorquina à Collete, de Paris.

O segredo da loja é a edição, refinada e cheia de identidade. "Em todo lugar que vou, procuro ver as lojas estabelecidas, mas também ver o que tem de novo e diferente, mesmo que seja a 45 minutos do centro da cidade, pego o metrô e vou explorar outros bairros", diz.

Para os próximos tempos, a idéia é distribuir a marca para as melhores lojas do mundo inteiro. "Queremos fortalecer a marca, para abrir, no futuro, lojas em todo o mundo, mas apenas com o produto Language", diz. A julgar pela primeira coleção, a marca tem tudo para emplacar. Ana desenvolveu roupas que não se prendem a tendências atuais, com um brilhante trabalho de mistura de materiais (de algodão barato a jeans vintage, passando por couros e seda) e uma série de delicados detalhes, que são o charme da coleção. "Eu acho moda muito chato, muito fútil", revela. "O que me interessa é a liberdade que você tem hoje de não ter mais aquela coisa ditadora em termos de comprimentos e tendências. O que importa hoje é o individualismo, como você monta seu visual, seu guarda-roupa."

Guto Barra / Direto de NY

 
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