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Games: há luz no fim do túnel por JEAN BOËCHAT* Todos acharam que o Macintosh iria acabar em 1997 e disseram que a Microsoft, a Oracle, a IBM ou o Silvio Santos iria comprar a Apple. Todos especularam quais seriam os valores dos prejuízos da Apple em 1997. Algumas empresas de software e principalmente as produtoras de games ameaçaram ou simplesmente pararam de fabricar programas para Mac. Seria o fim de um sonho? Não. Estavam enganados. O Mac continua sendo o computador mais legal do planeta. Ninguém comprou a Apple, pelo menos oficialmente. 1997 foi um ano de lucro. Temos Quake, Riven, Command & Conquer e o Duke Nukem quebrou o recorde de vendas no seu lançamento para os macmaníacos. Modelos novos, sistema novo, empresa enxuta e lucro. Bastante lucro. Mais de US$12 milhões em apenas um mês de existência do Apple Store. A Apple continua firme, forte e capitaneando a indústria da tecnologia. Com toda essa injeção de ânimo, o mercado de macgames levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Os principais jogos lançados nos últimos meses já vieram híbridos. Dezenas de outros estão sendo portados para nossa amada plataforma. De acordo com a própria Apple, o Rhapsody, sistema operacional que pretende revolucionar a computação, já possui a sua própria versão de Quake. Mas será que está tudo bem? Não. Ainda falta muita coisa para a alegria total do macmaníaco que adora games. Ainda não temos o Fifa Soccer nem Tomb Raider, e a LucasArts simplesmente desencanou um pouco do mercado Mac. Mas parece que a coisa vai entrar nos eixos. O desempenho do mercado Mac, principalmente no segundo semestre de 1997, trouxe fôlego e esperança para a indústria. Especulações em torno dos projetos de algumas grandes empresas voltados para a plataforma já são ouvidas e lidas por aí. Pelo que parece, 1998 vai ser um grande ano de redenção. Assim podemos esperar. Mas esperar sem fazer nada? Não! Vamos aproveitando o que 1997 trouxe de bom para nós. Riven A espera foi longa, mas enfim saiu Riven, a continuação do Myst, o jogo de aventura da Cyan/Brøderbund que tornou seus criadores milionários. O sucesso de Myst garantiu que o aguardado Riven deve adicionar mais alguns milhões nas contas bancárias dos irmãos Miller e seu colaborador, Richard Vander Wende. Com certeza eles trabalharam duro para se manter no topo. Nos quatro anos de intervalo entre os jogos, surgiram dúzias de imitações e variações das mais diversas, embarcando no sucesso do gênero "jogo de mistérios e quebra-cabeças". Depois de percorrer as ilhas que compõem o mundo de Riven, percebe-se que o principal feito dos irmãos Miller foi não ceder aos clichês que enchem muito espaço nos CDs da concorrência. Não há, por exemplo, nenhum daqueles intermináveis labirintos (um recurso que eles até tinham usado em Myst), nem joguinhos de palavras. Quando são necessários vários elementos para a solução de um problema, sempre um ou outro não é enunciado e precisa ser encontrado por dedução. Ou seja, com um certo charme e elegância, Riven mostra uma nítida evolução do que foi feito em Myst, um jogo que definiu e por muito tempo limitou um gênero. Portanto, os autores de Riven não estão brincando quando clamam ao jogador que faça da aventura uma experiência imersiva, com luz apagada e fones de ouvido. Riven requer muita atenção e memória da parte de quem realmente quer chegar ao final do jogo. E é interessante como ele começa relativamente fácil (em pouco tempo dá para visitar pelo menos três ilhas sem tropeçar em nenhum grande mistério), para enfim propor dois ou três quebra-cabeças de lascar, que vão testar a capacidade que o jogador tem de relacionar tudo o que viu e ouviu (e aprendeu, em uma genial parada didática) em seu passeio. É bom ir salvando cada situação em separado, se quiser ganhar algum tempo no jogo. Outra diferença em relação a Myst é o leque de finais possíveis. Há apenas uma chance de ganhar o jogo, mas pelo menos duas boas oportunidades de perder, desta vez distribuídas ao longo do roteiro. Foi reduzida a quantidade de diários a serem lidos, mas continua essencial a leitura dos que restaram. A divisão do jogo em cinco CDs deu espaço para habitar Riven com fauna virtual, uma coisa que fazia falta em Myst. Também liberou a criação de alguns passeios panorâmicos, sobre e sob a água. O jogo ocupa mais de 70 Mb de disco, e rodou bem mesmo em um PowerBook com 32 Mb de RAM, apesar de alguns passeios rodarem meio aos trancos. O importante na hora de comprar Riven é saber que se trata de um jogo zen que vale pelo passeio por um mundo estranho e pelos neurônios empregados, e não pelo objetivo, que não passa de um conflito cósmico/familiar: libertar Catherine, a mulher de Atrus, o "pai" de Myst, e prender Ghen, malfeitor temporal, antes que Riven entre em colapso. O turismo em Riven é legal e os enigmas são interessantes de solucionar; é um jogo que proporciona prazer visual, auditivo e até mesmo intelectual. Mas, para quem procura coisas mais básicas, como sangue, gosma ou sustos, as produções da Cyan continuam passando longe, bem longe mesmo do Quake ou Marathon. TecToy: (011) 861-5549 Preço: R$ 59,99 TIE Fighter Collector's CD-ROM A idéia de voar lado a lado com Darth Vader e servir as forças do Império pode agradar a muita gente. Para aqueles que sempre tiveram uma queda pelo lado negro da Força, está aí a oportunidade ideal para chutar alguns traseiros da Aliança Rebelde. Para quem já pilotou um X-Wing, não há muito mistério. Os controles e conceitos são basicamente os mesmos. Se em X-Wing você estava dentro de um cruzador Calamari, em TIE Fighter a sua base é dentro de um destroyer imperial. Clicando nas várias portas, você tem acesso ao treinamento, ao simulador de combate, informações técnicas das naves existentes, filmes de missões pré-gravadas e, naturalmente, as missões que você enfrentará para o Império. Uma vez na cabine, você tem que calibrar a força entre defletores, motor e lasers. A mira parece ser um pouco melhor do que no X-Wing. Quando um alvo está fora do alcance visual, você pode acompanhá-lo facilmente no radar. Os controles de vôo são praticamente os mesmos do X-Wing e um bom joystick sempre é recomendado. A grande diferença conceitual é que, como as forças imperiais são maiores, você trabalha mais como parte de uma equipe do que como um herói solitário. Normalmente você é acompanhado por um wingman, que é um pouco mais esperto do que no X-Wing, servindo como grande reforço em suas batalhas. Chega a lembrar a atuação dos wingmen do Wing Commander, onde você praticamente nunca voava sozinho. Tirando essas pequenas vantagens, a coisa não é fácil. Às vezes, você é forçado a voar em lugares sem escudos de proteção e algumas batidinhas podem tirá-lo da história. Os caças TIE Bombers, por exemplo, são tão lentos quanto os Y-Wings, mas não oferecem escudos de proteção, o que é muito ruim. Como no X-Wing, o TIE Fighter não segue uma história que vai se desenvolvendo de acordo com o sucesso e/ou falhas nas missões, o que de novo traz uma enorme vantagem para os fãs da saga Wing Commander. Sendo assim, a grande emoção mesmo está na hora em que você tem uma missão para cumprir. O que vale aqui é a simulação e não a interatividade. O TIE Fighter possui centenas de missões diferentes, o que faz com que o jogador leve algumas semanas para poder participar de todas. O jogo vem até com um easter egg. Se você chamar o seu piloto de bonus e clicar na porta que fica acima e à direita (que normalmente nunca abre), poderá jogar as missões fora de ordem. A parte gráfica do TIE Fighter tem uma melhora ligeira em relação à do X-Wing. As naves capitâneas são mais detalhadas e melhor desenhadas, mas tanto o X-Wing como TIE Fighter possuem uma cara de jogo de PC. Esperamos que o TIE Fighter Collector's CD-ROM seja um sucesso de público para que finalmente a LucasArts se sensibilize de que existe um grande mercado Mac ansioso pelos lançamentos que só saíram para PC, tais como Outlaws, Dark Forces II e X-Wing vs. TIE Fighter, entre outros. A diversão aqui está em usar toda a sua garra lutando contra os almofadinhas da Aliança Rebelde, lembrando sempre que a Força não estará com você. A versão multiplayer chamada X-Wing versus TIE Fighter ainda não tem previsão alguma de sair para a plataforma Macintosh. Uma pena. Preço: US$ 30 Battle Girl Junte elementos de grandes jogos arcade como Asteroids e Defender, adicione a tecnologia de hoje com um visual ultramoderno e trilha sonora tecno-alucinada. Misture tudo e sirva. Você pode desfrutar dessa mistura eletrizante em Battle Girl. Como Battle Girl, você é convocado pelos bispos da religião Timeless para defender a Great Machine do temível Terminus (uh-uh! Quanta responsa!). Utilizando a sua nave Soyuz 1183-A, você entrará de cara nas batalhas mais alucinantes de todos os tempos. É tiro pra tudo que é lado contra os mais diferentes inimigos que querem amassar, arrasar e/ou estropiar Battle Girl. Terminus fica lançando programadores para detonar os chips da Great Machine. Sua função é destruir os programadores e seus defensores. Além de ter que enfrentar o próprio Terminus. Durante as batalhas você recolhe elementos que dão mais força letal e proteção para sua nave. A cada nível a dificuldade aumenta, tornando a ação muito mais alucinante. Algumas pessoas acham que os gráficos do jogo são simples demais, mas eles o tornam mais rápido e emocionante. O design da interface e o som de Battle Girl são sensacionais, aliando toda a modernidade ao estilo clássico desse jogo com cara de anos 80 e um pique meio Tron de ser. Diversão garantida. Preço: US$ 25 Harry, o executivo boa-pinta Mais um grande sucesso da Ambrosia, uma empresa macmaníaca. "Harry, the handsome executive" é um jogo bem agradável em todos os sentidos gráficos e sonoros. As piadas são engraçadas e inteligentes. Um jogo feito para o povo de escritório, amante de Dilbert. Um shareware barato que remete aos bons tempos de Prince of Persia e Glider. Nos tempos das máquinas com grandes processadores, placas aceleradoras, muita necessidade de RAM e HD, jogos de 30 frames por segundo etc., Harry é o jogo feito para que qualquer um possa jogar. Até quem não tem um Power Mac. Com a perspectiva de cima pra baixo, Harry segue deslizando em sua cadeira de executivo com rodinha e tudo, o que lhe permite uma movimentação de 360 graus pelos corredores e salas do escritório a fim de cumprir as ordens da chefia. Para tal ele enfrenta os mais diversos sortilégios: os diferentes tipos de terrenos (carpetes, pisos e chão de taco), portas que se abrem com pontapés, colegas de escritório que ficam jogando dardos, carrinhos de correio e robôs assassinos. Para se manter bem, ele come rosquinhas e toma café. As armas de Harry são latinhas de refrigerante e o grampeador. O jogo é salvo nas máquinas de xerox. E os outros colegas de trabalho ainda têm grandes conselhos para ajudá-lo. Enfim, uma firma perfeita. O controle de Harry no começo pode parecer meio difícil, mas com o tempo o jogador pega o jeito e aí é só correr pra galera. Tudo de forma bem agradável e relativamente simples. O som pode parecer meio monótono, mas está na medida certa. Perfeito para quem tem bom humor e procura diversão nas coisas mais simples. O jogo ainda vem com um editor de níveis, para que você crie as situações dentro da sua própria empresa. Preço: US$ 20 (shareware) Bomber III A Fortaleza Voadora, o B-17, é um dos maiores aviões de todos os tempos. Robusto, armado até os dentes e capaz de carregar uma carga substancial sobre grandes distâncias, ele foi um dos mais bem sucedidos bombardeiros estratégicos utilizados na Segunda Guerra Mundial, tornando-se um dos grandes personagens do conflito, inclusive com diversos filmes a seu respeito, bem como o seu primo B-29. Não é à toa que ele acabou virando personagem de game de Mac. A primeira versão do Bomber, totalmente em preto e branco, era baseada em HyperCard é extremamente simples e agradável de jogar. Agora Bomber III vem aproveitar a vantagem dos gráficos coloridos e o desempenho dos Power Macs. Basicamente, Bomber III é um jogo de estratégia em primeira pessoa que utiliza certos conceitos abstratos de simulação de vôo. A ação segue parte das invasões estratégicas da Força Aérea americana em territórios nazistas na Alemanha. Eram sempre missões arrojadas que normalmente aconteciam à luz do dia. O jogo contém 25 missões sobre 36 alvos na Europa Ocidental. As primeiras missões são de curto alcance, permitindo que o jogador aprenda as habilidades essenciais do vôo em formação, do bombardeio de precisão e da artilharia defensiva. São missões simples para permitir que o jogador domine o controle sobre a tripulação em suas múltiplas perspectivas de ação. Inicialmente, o jogador planeja o perfil da sua missão, escolhendo rota e altura, quantidade de combustível e quantidade de armamento a bordo. Talvez estejam aqui as decisões mais importantes para o sucesso de uma missão. Após a decolagem, o jogador se encontra dentro da cabine de comando do B-17. No primeiro momento, o piloto tem que se manter em formação com os outros membros da invasão, enquanto eles mudam o curso para iludir os inimigos. Para o sucesso da missão, é essencial estar apto para trabalhar nas mais diversas posições da tripulação, pois os caças alemães estarão dispostos a atacar em todos os flancos. Quando o alvo é alcançado, o jogador vai para a posição de bombardeiro, guiando o avião com a precisão para o ataque certeiro. Depois da missão, o jogador recebe um informativo com seu desempenho, que pode ir do mais caído, se o alvo for errado, ou acompanhado de medalhas e condecorações pelos méritos alcançados. O ponto alto do jogo está na fidelidade gráfica, com as fotografias digitalizadas do equipamento real. Você certamente vai se sentir dentro de um B-17, com direito a alavancas, switches e botões bastante funcionais. O controle é relativamente fácil, nada que um pouco de treino não resolva. A idéia aqui não é seguir o padrão de um simulador de vôo como o F/A-18 ou o A-10. O mais importante é a estratégia e perspicácia. Os efeitos sonoros e as vozes dão um clima muito mais realístico às missões. O Bomber III é com certeza uma versão bem melhor que as anteriores, mantendo sempre a filosofia que garantiu seu sucesso. É um produto que vai agradar aos amantes do gênero. Preço: US$ 39,95 3D Ultra Pinball 3 Seguindo o sucesso de 3D Ultra Pinball e 3D Ultra Pinball 2 &endash; Creep Night, a Sierra pega o mote dos dinossauros de Spielberg e cria mais um novo e complicado pinball, dessa vez com história. Rex Hunter, um mercenário espertalhão, Professor Spector e sua assistente Mary são os sobreviventes de um desastre aéreo acontecido na África Central. Logo eles descobrem que não caíram numa floresta qualquer, e sim num mundo perdido no tempo e espaço, onde reinam os dinossauros. A partir daí, eles enfrentam todo tipo de sortilégios contra o tenebroso Herr Heckla, um gênio do mal que pretende criar um exército de dinossauros para conquistar o mundo. A função do jogador aqui é ir passeando pelas três mesas cumprindo cada desafio dos diversos níveis de cada uma, para acabar com os planos malignos de Heckla e voltar para o mundo atual. O jogo segue uma linearidade, com os personagens dando dicas do que fazer em cada nível. Em relação às outras versões, não há grandes mudanças, é sempre aquela confusão da bola que bate num lugar e rola uma animação, sempre bem feita, é claro. Desta vez, a sensação de estar perdido no jogo não é só do jogador, mas dos personagens também. Brasoft: (011) 285-5344 Preço: R$ 65 Settlers II Settlers II é mais um daqueles jogos de estratégia que misturam um pouco de economia, combate e um monte de homenzinhos que estão sempre destruindo ou construindo coisas. No começo do jogo você escolhe entre cenários individuais (onde escolhe uma raça para desenvolver) ou o modo de campanha, para assumir as ações do exército romano. O jogo começa numa pequena ilha, com alguns suprimentos e homens que têm que ir construindo suas bases e preparando-se para guerrear com o desconhecido, que podem ser bárbaros, tribos asiáticas etc. O barato de Settlers II é a complexidade do seu sistema econômico. Os jogadores devem explorar as matérias-primas para produzir suas ferramentas, armas e alimentos. Para elevar o nível de habilidades de seus soldados, por exemplo, deve produzir moedas de ouro. Para fazer isso, você deve passar por vários processos, entre eles, alimentar seus mineiros com a carne do porco que você criou na fazenda, porco este que bebeu da água que você tirou do poço, e por aí vai. Para que sua vila funcione bem, é necessário muita paciência e boa administração. O jogo tem algumas falhas que comprometem um pouco o seu sucesso. Na hora dos combates, que tomam grande parte do tempo, você só manda seus soldados para destruir os inimigos e seja o que Deus quiser. Uma vez que o combate começou com um oponente, a única razão para se desenvolver economicamente vai ser produzir mais e mais soldados e armas. Outra falha é que não há muita tecnologia e sabedoria para conquistar. Construídas as peças básicas, não há mais o que descobrir, o que é bem deprimente. Cada nível diferente no jogo traz apenas um tipo de problema novo, como por exemplo falta de recursos naturais, mais de um inimigo de cada lado etc. Os gráficos são bem legais e o som também, mas é capaz que o jogador fique irritado com o passarinho que fica piando o tempo inteiro. O Settlers II é indicado para aqueles que nunca tiveram contato com jogos de estratégia, sendo uma boa ponte para se entender os conceitos gerais e se aventurar num jogo mais complicado como Warcraft e Command & Conquer. Preço: US$ 29 Quake Finalmente. Depois de um ano de torturante espera, temos a versão para Power Mac do mais popular jogo de matança de todos os tempos. Enquanto isso, para o PC já chegou o Quake 2, mas não faz mal. Pelo menos o jogo para Mac foi impecavelmente convertido, sem paus nem lentidão, e funciona igualzinho à versão PC. As maiores diferenças do Quake para o "pai" Doom (dos mesmos criadores) e o "primo" Marathon são os bem feitos personagens poligonais com aspecto sólido (que ficam melhores ainda com placa de aceleração 3D), ambientes mais detalhados e ausência proposital de mapa de fase. Os requintes incluem paredes que são iluminadas pelos projéteis e explosões; fragmentos de membros e cabeças decepadas voando e pintando rastros de sangue no ar; zumbis armados de moto-serras e granadas; monstros que dão botes voadores e outros que soltam relâmpagos ou bombas "inteligentes" capazes de dobrar esquinas; "peixes do Mal" que mordem quem entra na água; lava, poços venenosos, paredes falsas chapadas de monstros, alçapões e prensas; mortos-vivos que atiram pedaços da própria carniça. Falando assim parece muita coisa, mas o Duke Nukem 3D compensa o visual menos realista com mais interatividade e variedade, e o Marathon tem fases muito mais intrincadas e visualmente menos sinistras, além de uma razoável tentativa de enredo. O brutal e cru estilo de jogar no Quake é o mesmo de Doom: "não pare e atire em tudo que se mexe". Os cenários são uma sucessão interminável de castelos medievais e bases militares, o que é chato ao se jogar os quatro longos episódios de enfiada (para aliviar o tédio, pode-se rodar fases criadas pelos usuários). Porém, a qualidade da animação e os efeitos sonoros (produzidos pela banda Nine Inch Nails) ainda são os melhores dentre todos os jogos de matança. Apertando a tecla de crase uma ou duas vezes, surge um console de comandos. A maioria dos 200 comandos existentes não é oficialmente documentada, mas existe uma descrição deles em www.stomped.com, um Web site dedicado ao Quake. Aliás, devido à popularidade do jogo, a Web está cheia de coisas relacionadas a Quake, tudo 100% compatível com a versão de Mac. Para extrair o máximo de diversão (ou frustração) do jogo, escolha um apelido e uma cor de uniforme e vá enfrentar pessoas de verdade, pela rede local ou via TCP. Não faz diferença se os jogadores usam Mac ou PC: o Quake aceita qualquer tipo de conexão, permitindo animados massacres com até dezesseis pessoas simultâneas (embora o limite da sanidade mental seja ao redor de quatro a seis). Se você realmente gosta de sofrer, irá achar na Internet a nata da escória dos jogadores habilidosos e de mau caráter. Há muitos servidores públicos gratuitos de Quake. Comece pelo UOL (200.246.5.28) e ZAZ (200.248.149.31), que têm gente jogando a qualquer hora. É só conectar-se ao seu provedor, entrar em Join Multiplayer Game, digitar o número do servidor e cair dentro do pandemônio. Todas as fases servem para jogar em rede; a fase e o limite de tempo são decididos pelo servidor do jogo. A cada morte sua, aparece uma tabela mostrando o saldo de mortes de cada um. Quando um jogador morre, quem passar primeiro sobre o cadáver pega as suas armas e munições. No decorrer do jogo em rede, o console serve para digitar mensagens curtas para os outros jogadores. Mas ninguém é louco de parar para fazer isso numa sala cheia de gente atirando alucinadamente para todo lado. Para jogar via modem é essencial uma conexão veloz (pelo menos 28,8 kbps), devido à latência ("lag"), que é o tempo de reação do jogo aos seus comandos. Aquele oponente implacável que sempre está no lugar certo, esquiva-se facilmente e mata o dobro dos demais muito provavelmente é apenas o que tem a conexão mais decente. Além disso, certas fases produzem latência muito maior que outras. E esteja avisado: em jogos públicos, o Quake é terreno livre para práticas rasteiras e descaradas. Não faltam "campers" (os que só ficam de tocaia), "clãs" (equipes) dominando jogos individuais, trapaceiros que dão "ping" nos outros para deixá-los lerdos ou, o pior de tudo, algum desocupado que se suicida repetidamente até travar o servidor e acabar com o jogo. Como não há outro remédio, assim que começar a baixaria caia fora do jogo e não esquente a cabeça. Preço: US$ 49 Civilization II Muita gente pensava que Civilization II seria uma versão recauchutada do clássico de Sid Meier com nada mais que algumas novidades gráficas. Outros achavam que a inclusão de grandes mudanças poderia acabar com a magia que o consagrou. A equipe de projeto da Microprose conseguiu adicionar uma grande quantidade de elementos que ajudará o clássico da estratégia a evoluir sem perder sua qualidade. A primeira grande mudança foi no ponto de vista, agora em três quartos (isométrica), similar ao de outros jogos como Sim City ou MacSyndicate, o que melhorou muito em relação à antiga versão. Nada que assuste aqueles que já são especialistas em criar suas civilizações. Agora existem mais raças para escolher, tais como chineses, siouxs, persas e outros. Enquanto o jogo rola, as variações culturais são apresentadas em quatro padrões diferentes de crescimento das cidades. As unidades de combate receberam uma grande renovação, com a adição de novos elementos que trazem possibilidades ilimitadas nas batalhas travadas. Agora você pode usar fuzileiros navais, mísseis de longa distância, pára-quedistas, tropas de elefantes e até fanáticos religiosos! Para aqueles que se cansaram dos absurdos que ocorriam na versão anterior (soldadinhos que destruíam grandes cruzadores), uma surpresa. O novo sistema de guerra ficou mais esperto, levando em conta os pontos de poder de fogo de cada unidade, para resultados mais realistas nas batalhas. Muita coisa mudou, criando mais variantes que trazem muito mais emoção e desafio na busca do desenvolvimento. A melhora na parte audiovisual é bem sensível, com a adição de maravilhosos efeitos sonoros, vídeos para apresentar cada avanço da civilização e a possibilidade de jogar em cenários pré-montados, como no tempo do Império Romano, ou customizando seus territórios. Os dois únicos detalhes que faltaram foram a possibilidade de usar uma civilização customizada, como já existia na versão anterior, e a falta de opções multi-player. Isso depois de terem lançado a versão CivNet, que era apenas o Civilization I jogável em rede. Mancada feia! De qualquer forma, a diversão está garantida para os fãs dos jogos de estratégia. Já estou até vendo as noites de sono que alguns perderão, tentando levar suas civilizações ao mais alto patamar de desenvolvimento. Preço: US$ 39,95 Circle of Blood "A mais excitante de todas as histórias". É assim que a Virgin Interactive apresenta sua grande aventura lançada no início de 1997. Um trabalho de mais de dois anos utilizando uma competente equipe de programadores, artistas, desenhistas, animadores, roteiristas e músicos para tentar trazer para o mundo dos games o clima das grandes produções de cinema. A ação se passa em cinco países diferentes, envolvendo uma enorme quantidade de personagens e dividindo-se em onze seqüências. Sem dúvida nenhuma, esse é um dos games mais bem produzidos nos últimos tempos. Com uma direção de arte artesanal e abusando das belas paisagens das cidades visitadas, Circle of Blood traz a sensação de estarmos fazendo uma viagem de férias e não participando de uma misteriosa aventura. O jogador encarna o papel de George Stobbart, um jovem californiano que tem suas férias européias interrompidas por um atentado num café parisiense. Sua missão agora é tentar resolver o caso, envolvendo-se com os eventos mais extravagantes que a mística Europa tem para oferecer. De lendas medievais a palhaços assassinos, sem esquecer as belas garotas. Seguindo aquela velha fórmula dos jogos de aventura, onde o personagem carrega e usa a maior quantidade de coisas inúteis possível, Circle of Blood se desenrola um pouco linearmente, com você tendo que observar tudo, clicar em tudo, falar com todo mundo e salvar o jogo regularmente. O grande charme fica mesmo por conta do apuro artístico dessa superprodução. O maior problema está na parte técnica. Circle of Blood tem um dos piores instaladores de todos os tempos e praticamente não existe documentação para Mac. Mas até aí, não há grande mistério para instalar e sair jogando, apenas em determinados momentos é meio complicado desligar o jogo. Circle of Blood pode não agradar os mais exigentes, mas sem dúvida nenhuma é um deleite, principalmente para aqueles que estão com a grana curta para viver suas próprias aventuras européias. Tomorrow: (011) 852-4466 Preço: R$ 72,50 Carmageddon Senhoras e Senhores. Está para começar a corrida do fim dos tempos. Carmageddon. Os motores esquentam, um ronco enssurdecedor. A contagem começa. Luzes vermelhas. Portas e janelas se fechando. O medo se espalhando por cada esquina, cada calçada. 5, 4, 3 ,2, 1. Luz verde. Aceleração contínua. Em poucos segundos, velocidade máxima. O tempo é curto. Se você pretende, saber quem eu sou, eu posso lhe dizer. Entre no meu carro e nas ruas e avenidas, nos trevos a 100 por hora, você vai me conhecer. Subindo e descendo ladeiras, sobrevoando edifícios. Vendo no espelho a distância a se perder. Se numa curva eu me perco do meu rumo, eu piso mais fundo, corrijo num segundo. O tempo é cada vez menor e tem várias máquinas mortíferas na minha cola. O espiríto é o dos melhores rachas. Naquele retão, com o velocímetro no talo, sinto aquele toque sutil do colega à minha direta. Sou incapaz de contar quantas capotagens acontecerão a seguir. Recuperado do susto, corro atrás do tempo perdido atropelando alguns traseuntes. Eles tentam fugir, mas é inútil. Todos os segundos são preciosos. Homens, mulheres, trabalhadores, adolescentes, velhinhas, deficientes. Não tem pra ninguém. Meu carro vai assumindo cada vez mais os matizes do vermelho. Corpos espalhados no asfalto. Todos os sintomas da destruição. A tangência daquela curva não foi muito precisa. Pronto. Só os deuses sabem onde meu bólido vai parar. Talvez um poste ou um edifício alto possam me segurar. De repente, me vejo fora da estrada. Pobres bovinos que cruzam meu caminho. Seus mugidos de medo não conseguem aplacar minha total falta de piedade. Eu tenho que chegar antes nos pontos de checagem. Meu objetivo: vencer. Logo não sobrarão muitos competidores. Não pode ser. Uma caminhonete na contramão. Pé na tábua. Adoro os duelos de cabeça-a-cabeça. Dessa vez ele levou a pior. Saiu pegando fogo e logo parou numa imensa poça de óleo. Uso meus créditos para ajeitar a lataria e, em segundos, estou pronto pra outra. O carro da polícia tenta me alcançar. Arranco faíscas de cada lado. Quando finalmente acho que estou livre, me deparo com uma parede inesperada. É... dessa vez não vai dar pra frear. Choque! Ainda meio zonzo, sou prensado contra a parede pelo incansável veículo da Lei. Mas eu sobrevivo. Já não sei mais para onde ir. Se não posso ganhar na corrida, ninguém vai ganhar também. Saio a caça de meus concorrentes, buscando destruir um-a-um. Quando só eu sobrar, serei declarado vencedor. Bem, essa é a minha vida. Cada dia uma pista diferente, novos desafios. As vaquinhas e as pessoas continuam insistindo em entrar no meu caminho. Perdoai. Eles não sabem o que fazem. Carmageddon é um dos melhores jogos de corrida de todos os tempos. E o mais sanguinário também. Se você tem um bom Power Mac, o seu desempenho é sensacional. Sons, interface e gráficos do além. Extremamente viciante. Carmageddon é apenas um jogo. Mas é violento. Muito violento. Tão violento que o Ministério da Justiça proibiu sua venda no Brasil, alegando que ele poderia influenciar os acidentes de trânsito. Um argumento que poderia ser usado para proibir qualquer game onde tiros e socos são comuns :^( A versão de Mac nem chegou por aqui. Mas você pode fazer o download da demo do programa pela Internet (ou no Hotline). O risco é todo seu. Preço: US$ 44,95 F/A-18 Hornet 3.0 Entre os simuladores de vôo existentes para o Mac, um sempre se destacou pela legião de fãs fiéis e combativos: o F/A-18 Hornet. Um simulador de caça com missões de bombardeio e dogfight (pega-pega de aviões) e tudo a que tem direito: mísseis ar-ar, bombas teleguiadas, mísseis inteligentes e até armas táticas nucleares. Seu forte sempre foi a diversão, principalmente no jogo em rede. A versão 3.0 pode desagradar usuários veteranos exatamente por radicalizar ainda mais a complexidade e o realismo que já havia sido ampliado na versão 2.0, deixando o jogo mais próximo de simuladores de vôo, como o A-10, que de um game de caça. Mas tem quem goste. O F/A-18 não é mais privilégio dos macmaníacos. A versão 3.0 é a primeira compatível simultaneamente com Mac e Windows. A primeira impressão que se tem é de que o pessoal da Graphics Simulation não se preocupou muito em fazer um jogo diferente da versão 2, exatamente por estar invadindo um novo mercado. Quem já jogou o Hornet 2.0 vai ver que as missões do 3.0 são exatamente as mesmas. O Manual também foi revistoÉ e piorado. Enquanto na primeira versão do jogo o manual tinha 200 páginas repletas de instruções de pilotagem, a versão 3.0 não chega a 60 páginas. Para quebrar o galho, o game traz uma aulinha online. Se você está atrás de um game de caça tipo arcade esqueça. O novo F/A-18 é dedicado à turma dos pilotos de Desktop, com detalhes como permitir a escolha do tipo de radar que você quer usar. Se você já é um veterano de F/A-18, saiba que o jogo é exatamente o mesmo, com gráficos melhores, inimigos mais espertos e controles mais complicados. Mesmo os que já decoraram a montanha de atalhos de teclado do F/A-18 vão ter que ralar um pouco para tirar seu brevê 3.0. MSD: (011) 820-5160 Preço: R$ 72 Myth Oh, não! Mais um jogo de estratégia com exércitos de soldadinhos guerreando contra monstrinhos, destruindo pontes e salvando vilas! Esqueça tudo o que você conhece sobre jogos de estratégia e matança em tempo real. Myth - The Fallen Lords (Mito - Os Senhores Caídos, segundo tradução de Jean Boëchat) traz grandes inovações em relação a jogos como Command & Conquer e Warcraft. A começar pela visão totalmente tridimensional. Você controla uma câmera virtual que pode se aproximar, se afastar e dar voltas em torno de seus soldados, o que é de grande ajuda na hora de bolar estratégias para seus exércitos. Basta um pouco de prática para começar a dominar os controles de teclado da câmera. O controle dos personagens é totalmente Mac, com cliques duplos e laçadas de cursor para selecionar múltiplos personagens. A história é o velho cenário RPG-místico-medieval. Você controla os exércitos do bem que precisam exterminar um bando de zumbis e outros seres malignos enviados pelos tais Senhores Caídos. O jogo é dividido em 25 missões, algumas bem cabeludas. Não basta sair matando todo mundo, é preciso bolar estratégias levando em conta a composição de seu exército, a quantidade de inimigos, características do terreno e o objetivo da missão. Muitas vezes você passa horas quebrando a cabeça em missões aparentemente impossíveis, para descobrir de repente um solução óbvia. Os gráficos são deslumbrantes, com uma riqueza incrível de detalhes. Mas o mais impressionante é a inteligência artificial por trás do jogo. Cada personagem tem sua personalidade própria, que você vai conhecendo pouco a pouco. Myth está virando também uma coqueluche na Internet. Greenleaf: (011) 861-5549 Preço: R$ 51,85 Postal Considerado um dos jogos mais violentos de todos os tempos. Um verdadeiro banho de sangue, em escalas nunca antes alcançadas. A mais pura carnificina. Uma cidade foi infectada com alguma coisa que transforma todos os pacatos cidadãos em assassinos psicopatas. Sua função é exterminar qualquer ser humano &endash; homens, mulheres e crianças &endash; sem se importar se os mesmos estiverem atacando. O único objetivo de cada fase é matar, matar e matar. Sem piedade, sem mágicas ou superpoderes. Só você, seu arsenal de doze armas, ocasionais coletes à prova de bala e alguns kits de primeiros-socorros. Você vai acabar se confundindo com o grau de insanidade do Postal. Não saberá se os loucos são os que atiram em você ou você mesmo. Sem grandes complicações de jogabilidade, apenas psicológicas. A crueldade é tamanha que, quando você só fere um inimigo, ele fica rastejando até a morte, suplicando pelo golpe fatal. Tudo isso com uma boa qualidade gráfica e efeitos sonoros adequados para tamanha violência. Em vez de ser um jogo de matança em primeira pessoa, como o Doom ou Quake, Postal utiliza um ponto de vista de três quartos, com os personagens em 3D sobre cenários 2D pintados à mão, em perfeita harmonia macabra, com grandes animações de explosões e corpos voando, no melhor estilo Peckinpah. Outra coisa divertida é o sistema de raio-X que funciona quando você passa por trás de um prédio alto ou entra numa casa, o que era um defeito grave em jogos como o MacSyndicate. Depois de tanta violência solitária, você pode optar também pelo multiplayer, que tem poucas opções e acaba sendo meia-boca. Com tanto sangue derramado, é possível que você acabe entediado e nada melhor do que o suicídio como escapatória do jogo. Postal pode não ser um jogo genial e cheio de recursos, mas é o ideal para aqueles que querem liberar suas fantasias homicidas no computador. Que fique claro que não é indicado para crianças. Até agora não ficou registrado nenhum caso de violência incitada por Postal. Preço: US$ 45 Command & Conquer Command & Conquer, junto com Warcraft, é o jogo que começou a febre dos jogos de estratégia em tempo real. Depois de uma longa espera, a Westwood Studios resolveu portá-lo para a plataforma Mac. Os jogos de estratégia em tempo real tentam trazer para o computador o máximo de realismo (mesmo que fantástico) às batalhas e ações virtuais. Você não fica esperando a ação acontecer, como em Civilization, por exemplo. De repente, enquanto você constrói alguma coisa, uma batalha pode estar acontecendo em outro ponto da tela, tudo isso controlado por um poderoso sistema de inteligência artificial. Num primeiro momento, você decide de que lado vai jogar: do GDI &endash; Global Defense Initiative, que supostamente são os bonzinhos, com os melhores recursos e força, ou da Irmandade de NOD, um grupo de terroristas maus. Na verdade, os dois lados querem de alguma forma controlar o mundo e a sua nova fonte de combustível, o Tiberium, uma espécie de cristal que parece um repolho. A coleta de Tiberium resulta em créditos para você comprar edifícios, homens e máquinas. É um recurso limitado que o ajudará a construir suas bases com capacidade de produção bélica para cumprir suas missões. Dependendo da sua escolha, as táticas serão totalmente diferentes. Cada lado tem armamentos, estrutura e homens diferentes. Como não poderia deixar de ser, do lado do GDI a força bruta é a principal característica, com seus tanques pesados e lançadores de foguetes, enquanto no lado do NOD o que impera é a tática, com o uso de tropas mais rápidas e eficazes. Para ajudar, cada lado ainda conta com os engenheiros, que podem consertar seus edifícios danificados ou roubar as estruturas inimigas, adquirindo as tecnologias relativas a cada uma delas. Controlar as peças de Command & Conquer pode ser uma tarefa meio complicada no começo, mas com o tempo você aprende a selecionar as unidades em grupos e trabalhar com elas ao mesmo tempo. Basicamente você tem que controlar suas tropas de ataque e defesa, construir as estruturas de suas bases, continuar produzindo novas unidades e gerenciar a coleta e processamento do Tiberium. Não é pra quem quer moleza. A inteligência artificial do computador é tão potente que não adianta você imaginar que todos os ataques inimigos sempre vão acontecer do mesmo lado e do mesmo jeito. Sempre o inesperado fará uma surpresa. O detalhe gráfico das unidades e dos edifícios é sensacional, assim como os diferentes cenários de cada missão. Junte a isso a trilha eletrizante e os maravilhosos efeitos sonoros, especialmente as vozes digitalizadas. O jogo tem ainda uma grande superprodução de vídeo entre cada missão, criando o clima com uma envolvente história na briga pelo poder supremo. Tudo isso já agrada bastante o público, mas o melhor ainda é o jogo via rede. Você pode convocar seus colegas de Mac e de PC para grandes disputas via rede local, modem ou Internet, sem grandes perdas de qualidade e com total controle sobre o cenário e capacidade de cada time. Infelizmente, o Command & Conquer é apenas para quem tem PowerMac. Estamos apenas esperando que a Westwood Studios tome vergonha na cara e lance logo para a plataforma Mac o jogo Command & Conquer Red Alert, que é versão que usa como mote a velha briga dos capitalistas contra os socialistas. Preço: US$ 43 Jean Boëchat É contra a censura, a favor do bom senso e conselheiro editorial da MACMANIA. *Colaborou: Mario AV (Quake), Marcos Smirkoff (Riven), Heinar Maracy (FA/18 e Myth) | ||||||