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Conheça os novos G3 da Apple
Por Márcio Nigro e Mario AV
Não
é uma bravata: inovação é a palavra de ordem do mestre Steve Jobs. Os
novos G3 representam a continuidade do iMac, que por sua vez representa
a cara da nova Apple: um empresa inovadora e arrojada (como em dias passados),
num mundo povoado por PCs rançosos e sem imaginação. Era o que faltava
para que o microcomputador finalmente alcançasse o status de eletrodoméstico
popular (com direito a fila na frente da loja para comprar um iMac), que,
além de ter diversas utilidades, pode combinar muito bem com o sofá da
sua sala. Sem contar que vai ser o centro das atenções, pois não dá para
ignorar a sua presença num ambiente, a menos que esteja escondido. Mas
aparência não é tudo quando se fala das novas máquinas.
A velocidade é azul
Os G3 azuis
são os primeiros Macs da linha "Estilo Jobs" que são capazes
de atisfazer praticamente qualquer usuário profissional e também os gamemaníacos
mais exigentes. Afinal, para os padrões atuais, é um monstro de desempenho
e capacidade. O seu novo chip PowerPC de cobre roda a velocidades de 300
a 400 MHz, com muita eficiência elétrica, sem o problema de geração de
calor que tem sido a praga dos Pentiums. Num só Mac cabem inimagináveis
100 GB de disco interno (distribuídos em três HDs de 36 GB, que a IBM
já terá lançado enquanto você lê este texto). E, pasme, dá para instalar
até 1 GB de RAM. A placa-mãe (motherboard) dispõe de quatro slots de memória
RAM, mas só funciona com pentes PC100, um novo tipo de SDRAM de 168 pinos
que roda na nova velocidade de barramento (bus) do sistema (100 MHz).
O inconveniente é que, por esse tipo de memória ser uma tecnologia em
vias de padronização, o seu preço ainda está um tanto alto (um pente de
128 MB custa em torno de R$ 400 e o de 256 por volta de R$ 900). Mas os
preços devem cair nos próximos meses. Em relação ao modelo que substitui,
o G3/300 bege, o Mac azul e branco com chip de 400 MHz tem performance
até 30% superior, o que não é de se estranhar. Afinal, as velocidades
de processador e de barramento foram aumentadas juntas, nessa mesma proporção.
Já o desempenho de disco subiu pelo menos 50%, de acordo com o software
MacBench 5.0. Nada mau para um fator que atrapalha a maioria das funções
mais freqÙentemente realizadas por qualquer usuário.
Usina de pixels
Mas é graficamente
que o novo G3 de 400 MHz dá um salto impressionante. A inclusão da placa
de vídeo ATI Rage de 128 bits, com incríveis 16 MB de SDRAM, garante uma
performance de vídeo 95% maior do que a do antecessor bege e do iMac,
que usam o chip ATI Rage de 64 bits (soldado na motherboard). Que tal
trabalhar a uma resolução de 1152 x 870 pixels (isso se o seu monitor
permitir) e milhões de cores? Que tal rodar um game cabeludo como o Unreal
a 832 x 624 pixels (quatro vezes a definição de um arcade), com milhões
de cores, à velocidade de 30 imagens (frames) por segundo? Para os gamemaníacos
e profissionais de artes gráficas, é uma bênção. A combinação de muita
SGRAM com muita SDRAM é explosiva. Para começar, a rolagem (scroll) das
janelas é até seis vezes mais rápida que no G3 bege. É o fim do efeito
"janela-desenhando-na-tela-pouco-a-pouco", uma encheção histórica
do Mac OS. O desempenho 3D também impressiona. O nosso game de teste foi
o Unreal, um jogo mais famoso pela sua extravagante exigência de hardware
e visual suntuoso do que propriamente pela sua qualidade como jogo (que
é medíocre). Além de rodar decentemente no G3 azul, o Unreal tem um visual
muito melhor, mesmo nas resoluções de tela usuais. Isso por causa dos
efeitos ópticos adicionais, gerados pela nova placa de vídeo em acordo
com o game. Todas as texturas são mapeadas de forma difusa, eliminando
completamente os famosos pixelões quadrados que normalmente aparecem ao
se chegar perto dos objetos. Além disso, as transparências (vidro, água)
e reflexões (superfícies polidas) ganham fluidez e realismo fantásticos.
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