15/06/2000
EUA vão perder liderança no e-commerce mundial
Este ano, pela primeira vez, os usuários da Internet nos Estados Unidos deixarão de ser maioria absoluta da população on-line. Essa mudança terá reflexos importantes no planejamento dos serviços de e-commerce e no tipo de conteúdo oferecido para navegação em todo o mundo.
De acordo com projeções do Computer Industry Almanac (CIA), os norte-americanos correspondem atualmente a 43% dos internautas do planeta, mas em 2005 a participação do país terá caído para 30%. No mesmo ano, 28% dos internautas serão europeus e 25% de países da Ásia e Pacífico (principalmente China e Índia), diz o CIA. A América Latina terá apenas 7,3% da população e o Oriente Médio e África, 3,8%.
Essa mudança demográfica terá pouco efeito, inicialmente, na estrutura de comércio eletrônico e publicidade on-line, que deverá permanecer nos EUA por algum tempo, diz o instituto IDC. Em 2003, o total de dinheiro movimentado na Internet será próximo a US$ 1,6 trilhão, diz o instituto, que prevê que, nesse ano, 38% da população estará realizando compras on-line (atualmente, apenas 29% compram).
Europa líder Os EUA, que em 1999 receberam 62% das receitas on-line, terão participação de 42% no e-commerce em 2001 e cerca de 30% em 2003. No mesmo período, a Europa e a Ásia passarão de 29% da receita (1999) para 47% (2003). Os EUA continuarão liderando na publicidade: 85% da receita com anúncios on-line ficou nos EUA, em 1999, e dois terços dela permanecerão no país em 2004, diz o instituto Forrester Research.
Na América Latina, o e-commerce movimentará US$ 8 bilhões em 2003, segundo o IDC, com US$ 6,1 bilhões vindo de transações entre empresas (B2B) e US$ 1,9 bilhão da venda direta ao consumidor. A região responderá por 1,1% do e-commerce mundial, segundo o Forrester Research.
JORNAL DA TARDE
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