Através do uso de ícones mais intuitivos, o acesso aos arquivos e programas, por exemplo, foi simplificado no Mac OS X. O ''Dock'', uma ferramenta que fica na parte de baixo da tela, na área de trabalho, leva o usuário ao que ele mais usa. Para isso, basta puxar o ítem com o mouse e jogá-lo no Dock. É possível fazer isso com links para páginas no navegador Internet Explorer, com e-mails de pessoas freqüentemente contactadas, com arquivos de texto, com clipes de filmes para serem rodados no programa Quick Time, etc.

E se for muita coisa? O Dock vai diminuindo os ícones automaticamente de acordo com a quantidade de recursos que o usuário já inseriu. Neste caso, para melhorar a visibilidade, a resolução das figuras melhoram quando o cursor do mouse passa sobre elas. Com o mesmo movimento, o usuário sabe o nome do arquivo ou programa sem ter que clicar. Além disso, é possível ter uma vista prévia de imagens antes abrir cada arquivo, e o ícone do programa de correio eletrônico muda quando novas mensagens chegam.

Este programa é chamado simplesmente de Mail e já é parte integrante do Mac OS X. Seu trunfo é a facilidade em se colocar imagens, sons e até filmes nas mensagens: é só arrastar o recurso de sua origem e soltá-lo na mensagem. Também dá para receber e-mails de contas diferentes, ver previamente como ficará a impressão de uma mensagem e gravá-las em PDF (Portable Document Format), formato que já tem suporte embutido no Mac OS X.

Mac OS X só roda em máquinas com G3

Alguns núcleos de sistemas operacionais (kernels) são desenvolvidos independentemente para sistemas específicos. É o caso do Mach kernel, que foi desenvolvido pela Carnegie-Mellon University e faz parte de uma versão do Linux para Macintosh. Ele é está sendo usado também no Mac OS X Server, para servidores (à venda no Brasil).

Mas quando o Mac OS X para micros chegar, o melhor lugar para ele será um novo Mac. Mesmo que o desejo dos desenvolvedores fosse oferecer um novo sistema que pedisse cerca de 64 megabytes de memória RAM, o beta do Mac OS X exige 128 MB. Resultado: só máquinas com processadores PowerPC G3 e G4 instalados na fábrica vão se der bem com ele. Os primeiros iMacs podem estar na lista, mas só com uma recauchutada, para sustentarem o fôlego.

Um truque: quando o usuário aciona um programa feito para rodar em Mac OS 9, o Mac OS X muda automaticamente para o ambiente ''Classic''. A interface volta a se parecer como a do Mac OS 9 e os aplicativos para esta plataforma podem ser iniciados sem problemas (mas também sem novidades).

Empresas desenvolvem programas para o X

Mesmo assim, fica a dúvida sobre quais programas serão desenvolvidos para rodar no Mac OS X. Apesar de não terem nada pronto para o novo sistema operacional, desenvolvedoras como Adobe (Photoshop, GoLive) Macromedia (Flash, Shockwave), Quark, Sun, HP, Epson, IBM, entre outras, estão dispostas a prover o mercado de programas e periféricos para o Mac OS X.

Mesmo assim, é sempre bom checar quais são os novos programas que estão saindo para o Mac OS X na página www.apple.com/macosx/applications. Já estão disponíveis, por exemplo, o Apple Works, o navegador OmniWeb 4.0 beta 7, o OmniDictionary e o Quake III Arena, o Javascript OSA, o Internet Explorer 5, o POP3 Gateway - Extensible Messaging Platform, entre outros. Até o Napster 1.0b1, nova versão do polêmico programa para troca de músicas em formato MP3, foi lançado Há poucas semanas para Macintosh. Há mais informação sendo publicada diariamente no site da Mac Central.

Mudanças são mais radicais

''Esse vai ser uma porrada'', diz Gesse Jonio Bezerra Colares, diretor de arte da agência de publicidade Íntegra, entre curioso e receoso. ''Em relação aos antecessores, as mudanças vão ser bem mais radicais. Vou ter que reaprender certas coisas. É uma questão de costume''.

''Pelo que li, ele foi construído em cima da plataforma Unix, que é considerada uma das mais perfeitas e seguras que existem'', comenta Colares. O diretor de arte já tinha experimentado uma transição entre o Mac OS 8.6 e Mac OS 9 e acha que o atual ''é muito melhor''.

''O 9 gerencia melhor a memória RAM. Eu acho o programa de busca Sherlock muito bom, muito fácil''. Embora esteja ansioso para testar o Mac OS X, ele lamenta ter pouco tempo para ''explorar profundamente o sistema operacional''. ''O avanço é muito rápido e você acaba ficando no básico'', diz Gesse.

USB é o ''X'' da questão

Para Jonas Medeiros, a versão anterior ao atual o sistema operacional da Apple foi uma decepção: ''Trabalhei pouco com o Mac OS 8.6. Foi uma versão inexpressiva. Tanto que voltei para o sistema 8.5''. Ele já trabalha com o Mac OS 9 há quatro meses. ''Acho que é o que prometeram para o 8.6. É mais estável, bem integrado à Internet. O recurso de múltiplos usuários é legal'', diz Medeiros.