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Transmutação
O que é esse tal de Haloween? Que história é essa de Dia das Bruxas? O Haloween é uma comemoração oriunda dos países do Hemisfério Norte e que se espalhou por todo o mundo. Seu simbolismo se relaciona a comemoração do Ano Novo, com o início do Inverno nessa parte do globo. Ficou confuso? Vamos explicar.

Há milhares de anos atrás, na Europa, onde hoje é a Grã-Bretanha e o Norte da França, viveram os Celtas. Esse povo adorava a natureza e o Sol, que era considerado o maior de todos os deuses. Para este povo que dependia das forças da natureza e cuja forma principal de subsistência era pastoril, a divisão do ano era vinculada às estações do Verão (quando levavam seus rebanhos para pastar) e do Inverno (em que os rebanhos eram levados para os currais). No seu calendário, o início dessas estações correspondia, respectivamente, ao dia 1º de maio, chamado de Beltane e ao dia 1º de novembro, denominado Haloween. A mais importante era a data do Haloween, pois assinalava o início do ano, quando terminava a estação do Sol e iniciava a estação do frio e da escuridão.

O Festival de Haloween acontecia na noite de 31 de outubro para 1º de novembro, em que se acendiam fogueiras imensas para anunciar a chegada do inverno e servir como calor e proteção contra os maus espíritos. Essa noite “as almas dos mortos revisitavam seus velhos lares para se aquecerem junto ao fogo e se reconfortarem com as homenagens (...) prestadas por seus parentes. (...) Não eram apenas as almas dos mortos que deviam pairar invisíveis (...), as bruxas esmeravam-se em seus atos malignos, algumas cruzando os ares com suas vassouras, outras galopando pelas estradas montadas em gatos que, naquela noite, se transformavam em cavalos negros como o carvão. Também as fadas andavam à solta, e duendes de todos os tipos vagavam livremente. (*)

Com as invasões dos Romanos, seus costumes se mesclaram aos já existentes, como, por exemplo a festa de Pomona, deusa das frutas e vegetais, que também ocorria na mesma época, em 1º de Novembro. O elemento simbólico principal da deusa Pomona era a maçã. Depois, devido a disseminação da religião cristã por toda a Europa, essa data passou a ser chamada de Todos os Santos e era comemorada com fogueiras e desfiles com pessoas fantasiadas de mortos, anjos e demônios. Com o tempo, a data foi movida para 2 de novembro e denominada Dia de todas as Almas, honrando os mortos, conhecida hoje como Dia de Finados.

O Haloween celebrado na atualidade reúne todas essas festas e seus elementos simbólicos: fogos e fogueiras, fantasias de bruxas, mortos, caveiras, esqueletos, diabos, gatos, fadas, duendes, maçãs, doces. Em alguns lugares, é costume as crianças se fantasiarem e andarem em bandos batendo à porta das casas, dizendo a frase “travessuras ou gostosuras?”, ao que lhe devem ser oferecidas gostosuras, senão entram na casa aprontando e fazendo travessuras.

Talvez você esteja se perguntando: o que isso tem a ver com Astrologia? Bem, todo esse imaginário tem a ver com o signo de Escorpião, por onde o Sol transita agora e que representa, no ciclo evolutivo, a morte, não como conclusão, mas como passagem para outro estado, numa outra qualidade de vida. Este signo de Água encerra o simbolismo dos processos de fermentação, de morte e regeneração cíclica, sob a dialética da destruição e da criação, de danação e redenção, do bem e do mal, do céu e do inferno. Na natureza, representa o momento de queda e decomposição das folhas (Hemisfério Norte). São associadas a esse signo as imagens de três animais — o escorpião, a serpente e a fênix, uma ave mitológica. A regência planetária de Escorpião está sob Plutão, o senhor do mundo subterrâneo e das profundidades inferiores.

Escorpião e Plutão se relacionam às situações limites, onde se exige um esforço extraordinário de auto-superação. Dessa maneira, mais forte e mais poderoso, o escorpião se ultrapassa, liberta-se de sua condição rastejante e se eleva, transmutando-se em ave, em águia, em fênix. A fênix sabe o momento de sua morte: quando essa hora é chegada, constrói um leito de folhas secas no pico mais alto de sua região e ali se deita, esperando que o sol queime lentamente as folhas. Após se consumir nas chamas, a fênix renasce das cinzas. Na ressurreição, a imortalidade da alma.

(*) Bibliografia citada: O Ramo de Ouro, de Sir James George Frazer, ed. Guanabara

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