Parece que não é só Gisele Bündchen quem vai causar burburinho neste último dia de SP Fashion Week. Um grupo de modelos negros está fazendo um protesto, em frente ao estúdio montado pelo canal Directv. A manifestação, que recebeu o nome de "Apagão Fashion", é contra a visível falta de negros nos desfiles brasileiros."Estamos fazendo um alerta quanto a isso, pois o Brasil é um País miscigenado, e o mundo da moda precisa tomar consciência disso", afirma Dani Simões, diretora de marketing de uma agência especializada em modelos negros. De acordo com ela, o protesto não foi premeditado. "Viemos assistir a todos os desfiles para conferir a quantidade de negros na passarela. Infelizmente, nenhum estilista se preocupa com isso. Daí surgiu a idéia da manifestação".
A apresentadora do Fantástico Glória Maria, que veio assistir ao desfile da Rosa Chá, apoiou a iniciativa dos modelos. "Eu sou a favor de qualquer tipo de manifestação. Sou uma rebelde por natureza", afirmou. "Só que não são apenas as modelos negras que estão sendo discriminadas. Também não há ruivas ou orientais nas passarelas", observou.
"Tenho notado este tipo de exclusão há tempos. Não sei por que isso acontece. Se a desculpa for que modelos negros não se encaixam no padrão dos estilistas, é um absurdo. As roupas brasileiras tem de ser feitas para todos, louros de olhos verdes ou não", disse a bela cantora Luciana Melo, que veio assistir Gisele Bündchen desfilar pela Cia. Marítima.
Já Paulo Borges, organizador do SP Fashion Week, diz que não existe preconceito. "Gente bacana com corpo bacana deve estar na passarela, sendo negro ou não", garantiu. "O protesto foi inculto, porque adoramos modelos negros, e fazemos questão de coloca-los na passarela. Se eles não estavam lá, é porque não são tão legais".
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