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Apesar de ter sido finalizado ao som de um dos maiores hits dos anos 80, Bizarre Love Triangle, do New Order, o desfile da Zapping mostrou seu streetwear como marca registrada dos jovens modernos da última década. Cores fortes reunidas na mesma composição, sobreposições de blusas e saias com leggings - tudo isso provou que a griffe jovem do estilista Renato Kherlakian continua apostando na irreverência adolescente: "a juventude nos dá a possibilidade de ousar", afirma o dono da marca.

Os tecidos macios utilizados nas peças (pelúcia, moleton, plush, lã e tricot) conferem conforto, juntamente com os criativos calçados. Os cintões com tachas continuam em alta pela grife, que também fez renascer das cinzas as quentinhas polainas - em cores chamativas, é claro. Os homens, por sua vez, ganharam uma mania adotada pelas mulheres anteriormente: todas as calças masculinas tinham o corte capri. "O homem pode se produzir da mesma maneira que a mulher", explica Kherlakian.

Apesar de inovador, o estilista da grife afirma que não quer chocar com suas roupas: "a Zapping foi feita para o jovem que é revolucionário, e não rebelde. Ele quer ousar, sem ser ousado".

Identidade - Além das roupas, a trilha sonora e a idéia de os modelos saírem da passarela pelo corredor do público conferiram um clima descontraído e alegre à apresentação. Modelos negros, orientais, de cabelos raspados, black power ou de topetões e até de óculos quebraram o "gelo" comum às apresentações deste tipo de evento, na tentativa de transmitir que identidade também faz parte do estilo. Todos estes fatores resultaram num dos desfiles mais aplaudidos até agora no SP Fashion Week.

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