Confirmado em Tóquio, Federer busca superar lesões por ouro
Aos 39 anos, ex-número 1 do mundo vive nova fase na carreira e tentará brilhar no Japão em sua quinta participação nos Jogos Olímpicos
A presença do nome de Roger Federer na lista oficial da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) dos atletas que vão disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio chamou a atenção. Apesar de ter manifestado anteriormente o desejo de competir no Japão, o suíço colocou em dúvida sua participação. O suspense, no entanto, foi encerrado nesta segunda-feira, com o Comitê Olímpico da Suíça confirmando a presença do tenista, que vai para a sua quinta Olimpíada.
A disputa em Tóquio marca uma nova fase na carreira de Federer, que escolhe com cada vez maior critério os torneios que participa. Isso porque, aos 39 anos, o ex-número 1 do mundo tem convivido com problemas físicos e algumas lesões musculares. Em 2020, passou por duas cirurgias no joelho, afastando-se do circuito.
Federer voltou a competir neste ano e a preocupação com sua condição física foi evidente. De olho em Wimbledon, o suíço abandonou o torneio de Roland Garros após a vitória sobre o alemão Dominik Koepfer, em partida que durou 3h35min. "É importante escutar meu corpo e garantir que não vou me forçar demais no caminho para minha recuperação", disse na época.
Na Rio-2016, foi também uma lesão no joelho que o tirou de ação, adiando para Tóquio o sonho do ouro na chave de simples masculina. A Ásia guarda boas lembranças para Federer. Em Pequim-2008, o suíço foi campeão nas duplas. Na Olimpíada seguinte, foi prata do torneio de simples em Londres-2012.
Além das lesões e da idade avançada, Federer terá de superar, no Japão, a concorrência do sérvio Novak Djokovic e do britânico Andy Murray, atual bicampeão olímpico. Antes da Olimpíada, o suíço disputa o torneio de Wimbledon, no qual continua invicto - nesta segunda-feira, ele avançou às quartas de final do torneio de simples do Grand Slam realizado em Londres.
