Problemas de ouvido afastaram Tânia Ferreira da natação, esporte que praticou até os 12 anos no Clube de Regatas Santista, em Santos, cidade onde nasceu. Foi por isso que ela começou a pensar no judô.
Mas foi vendo uma competição em 1987, que se decidiu a entrar em uma academia. Além do mais todos os seus colegas de classe também lutavam e ela queria participar da turma, como ela mesma conta.
Seus pais a apoiaram prontamente e logo Tânia objetivou levar o judô a sério e competir para valer. Essa decisão foi fortalecida quando assistiu a Copa Kodokan e o pan-americano de judô, ambos em São Paulo. Isso aconteceu em 1992. Agora é atleta do Vasco da Gama do Rio de Janeiro, onde mora.
É formada em letras, carreira que pretende seguir como tradutora após o judô. Tânia está treinando forte em três períodos num total de seis horas por dia. Ela diz que prefere lutar em pé porquê acha mais natural do que brigar no solo.
Gosta de segurar a gola das adversárias e entrar na invertida, surpreendendo, como, por exemplo, um boxeador canhoto.
Ela aponta o resultado da sua categoria como imprevisível e acha que pode ganhar medalha. As cubanas, espanholas, francesas e checas são as mais fortes adversárias. Seus principais resultados são: tetracampeã sul-americana em 1994/95/97/00, tricampeã brasileira em 1993/96/98 e bronze no pan-americano de judô em 1994/99, no Chile e Uruguai. Não participou dos jogos de Winnipeg devido a uma cirurgia.