Questionada, Ronda luta para se firmar como estrela do UFC
Há um ano, Ronda Rousey fez sua estreia como campeã do Ultimate Fighting Championship (UFC), defendeu o título e depois venceu mais duas vezes. Durante esse tempo, participou também do reality show The Ultimate Fighter e encarou diversas polêmicas. Apesar de ter sido bem sucedida em todos desafios, ela segue questionada na organização, que tenta promovê-la como grande estrela do MMA.
Desde o começo, Ronda sempre passou a imagem de ser protegida pelo presidente do UFC, Dana White. O título que tinha no Strikeforce já lhe valeu o cinturão do UFC sem qualquer luta. Mesmo assim, ela fez uma estreia de alto nível contra Liz Carmouche. Depois venceu também Miesha Tate. Ambas foram derrotadas com a chave de braço.
Surgiu então o primeiro questionamento contra Ronda: diziam que ela só sabia vencer com esse golpe e não era forte na trocação de golpes em pé.
A vitória contra Sara McMann, neste domingo, poderia lhe servir para responder essas críticas. Ela disse que já tinha montado a estratégia para vencer por nocaute: "eu sabia que ela deixava o corpo aberto, por ser uma wrestler (especialista em luta olímpica). Ela tem uma postura ruim, então foquei em golpes no fígado".
Porém, a vitória não bastará para calar os críticos, já que o árbitro Herb Dean foi acusado de ter interrompido a luta precocemente. Há quem acredite que Sara ainda tinha condições de reagir e não estava nocauteada. Porém, a própria adversária de Ronda a defendeu: "eu tentei me levantar, mas foi culpa minha. O árbitro só tentou me proteger. Eu deveria ter me levantado mais rápido".
Como era de se esperar, Dana White também saiu em defesa de Ronda e Dean: "quem nunca levou um golpe no fígado não sabe o que está falando. A luta tinha que ser interrompida para proteger Sara", afirmou o chefão do UFC.
Quem critica Ronda por falta de qualidade na luta em pé já sabe o desafio ideal para a campeão do UFC: a brasileira Cris Cyborg, campeã do Invicta FC. O combate, porém, ainda deve demorar para acontecer.
Cyborg tem afirmado que vai descer de categoria (de pena para galo) e até provocou Ronda neste domingo. Mas Dana impõe uma condição para que o combate aconteça: "ela tem que conseguir baixar o peso saudavelmente, lutar e então veremos o que acontece. Podemos fazer um acordo se ela conseguir". Ou em outras palavras: Ronda ainda vai demorar para ter a chance de se consolidar como estrela do UFC e calar os críticos.
O repórter viajou a convite da Amazoo Açaí.