CPB define Top 10 como meta em novo planejamento para Paralimpíada de Tóquio-2020
Comitê assina termo de parceria com a cidade de Hamamatsu, onde brasileiros ficarão em reta final de preparação para os Jogos
O Comitê Paralímpico Brasileiro divulgou nesta quinta-feira o planejamento estratégico que dá as diretrizes e define as suas metas que passam pelos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 até os de Paris, em 2024. O evento de apresentação aconteceu no CT Paralímpico, em São Paulo, e contou ainda com a assinatura do termo de parceria com a cidade de Hamamatsu, no Japão. O local receberá a delegação brasileira no período de aclimatação antes da próxima edição paralímpica.
Para o planejamento traçado até 2024, o CPB estabelece como meta manter-se entre as 10 principais potências do planeta na Paralimpíada. A intenção é a de conquistar de 60 a 75 medalhas em Tóquio e de 70 a 90 medalhas quatro anos mais tarde, em Paris. Seguir como a principal potência continental, por meio dos Jogos Parapan-Americanos, também é o intuito da entidade. Desde o Rio-2007, o país liderou o quadro de medalhas em todas as edições do Parapan.
A cerimônia contou com a presença do presidente do CPB, Mizael Conrado, e do prefeito de Hamamatsu, Yasutomo Suzuki, além de outras autoridades e pessoas ligadas ao movimento paralímpico. "A elaboração do Planejamento Estratégico 2017-2024 é um marco para o Comitê Paralímpico Brasileiro e deixa claro o compromisso que temos de estabelecer um caminho bem definido para alcançarmos as metas nele definidas. Além de evidentemente nos preocuparmos com desempenho de alto rendimento, temos como objetivo maximizar o potencial transformador do esporte de base para pessoas com deficiência em idade escolar, como já demonstrado por meio de projetos como o Centro de Formação Esportiva e o Camping Escolar Paralímpico, ambos já em andamento", disse o presidente do CPB.
Ainda dentro do planejamento, com a intenção de valorizar e estimular a presença feminina no esporte paralímpico, foram criados indicadores de participação de mulheres nas delegações nacionais. Critério semelhante foi utilizado para a criação de parâmetros para a inclusão de atletas com deficiências severas nas equipes.
Uma das diretrizes principais do novo plano de ações do CPB tem como intuito o desenvolvimento esportivo aliado à inclusão. Desta maneira, a entidade tem como objetivo capacitar, até 2020, ao menos 2.500 profissionais que atuem em diferentes segmentos do esporte voltado para crianças, jovens e adultos com deficiência no Brasil.
HAMAMATSU
O CPB assinou ainda um termo de parceria com a cidade de Hamamatsu. O município firmou recentemente acordo para receber a equipe brasileira na reta final de preparação para os Jogos Paralímpicos de 2020. Com cerca de 790 mil habitantes, fica localizada na província de Shizuoka, 260 km ao sul de Tóquio. A cidade abriga a maior colônia brasileira no Japão, o que motivou o município a interessar-se em receber a delegação nacional.
"Nós nos sentimos muito felizes e orgulhosos por receber a delegação brasileira. Nos próximos dois anos, faremos todo o esforço para recepcionar de coração estes atletas. O governo japonês tem muita expectativa com relação a esta iniciativa da cidade de Hamamatsu e gostaríamos que houvesse um aprofundamento ainda maior entre Hamamatsu e o Brasil. Então, nos próximos dois anos, vamos nos preparar com o nosso melhor e gostaríamos que vocês brasileiros também se preparassem com muita expectativa", disse Yasutomo Suzuki.
A direção técnica do CPB esteve em Hamamatsu em junho de 2017, quando visitou as instalações esportivas que servirão para os ajustes finais da delegação brasileira antes dos próximos Jogos Paralímpicos. Todas serão adequadas a fim de propiciar as melhores condições de acessibilidade e treinamento aos atletas do Brasil.