Jornal: com medo, brasileiros descartam levar família à Olimpíada de Sochi
Segundo o jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, os atletas da delegação brasileira que disputarão a Olimpíada de Inverno de Sochi (Rússia), em fevereiro, não deverão levar familiares para acompanhar as competições. Os esportistas desconfiam das condições de segurança no país, alvo recente de manifestações de grupos extremistas e ataques de homens-bomba.
Jaqueline Mourão, que disputará o cross country e poderá ainda participar do biatlo, deixará o filho na Suíça com uma amiga e com a mãe. Apenas o marido, o treinador canadense Guido Visser, estará com Jaqueline, que teve problemas ao tentar entrar na Rússia em 2013 para um evento-teste – a mineira levava uma arma de competição na bagagem e passou dois dias barrada em Moscou até resolver a questão.
O esquiador Jhonatan Longhi, 25, disse que o pai não vai viajar para a Rússia, uma vez que não confia na segurança fora da Vila Olímpica. Já a família do snowboarder Isabel Clark comprou passagens para a Rússia, mas não conseguiu hotel e deverá se hospedar fora da cidade-sede. O grupo viajará à revelia da atleta, que preferia que os familiares acompanhassem a Olimpíada “no quentinho no Brasil”.
O Comitê Olímpico Internacional admitiu preocupação com as ameaças terroristas, admitindo que a segurança em Sochi é “assunto prioritário”. O esquema de segurança dos Jogos Olímpicos de 2014 custará quase R$ 7 bilhões.
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