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Taison recorda racismo na Ucrânia e revela desejo de voltar ao Inter

17 jun 2020 - 18h42
(atualizado às 18h42)
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Um dos principais jogadores do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, Taison teve de lidar com o preconceito na última temporada. O atacante ex-Internacional foi vítima de racismo da torcida do Dínamo de Kiev, algo que nunca tinha acontecido com ele desde que chegou ao país da Europa.

Em entrevista ao Jogo Aberto desta quarta-feira, o jogador relembrou o episódio. Taison destacou que ficou triste com a situação, mas enfatizou a importância de combater o racismo.

"Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi ligar para a minha mãe, e ela, de cabeça quente, falou para eu voltar. Eu nunca pensei que passaria por isso aqui, porque estou no país há 10 anos. A gente fica triste. Joguei bastante clássico e nunca tinha acontecido isso. Quando eu ouvi os gritos achei que não era nada. Aí depois eu escutei mais alto e perdi a cabeça na hora", declarou o atacante.

Taison ainda chegou a ser expulso após mostrar o dedo do meio para a torcida adversária no episódio de racismo (Foto: Reprodução/Twitter)
Taison ainda chegou a ser expulso após mostrar o dedo do meio para a torcida adversária no episódio de racismo (Foto: Reprodução/Twitter)
Foto: Gazeta Esportiva

"Eu queria pegar as minhas coisas e ir embora. Passaram alguns dias, eu esfriei um pouco a cabeça e enfrentei isso. A gente não pode ficar calado. Não sou só eu dentro de campo que sofro isso. No dia a dia, a gente sabe como é que é. Mas depois o tempo foi passando e eu fiquei mais tranquilo", acrescentou.

Taison também comentou sobre as manifestações após a morte de George Floyd, reforçando que é o momento para os atletas mostrarem a força que possuem. "O bom é que o mundo todo abraçou essa causa. No Brasil, teve protesto também sobre isso. A gente fica feliz, porque é muito importante. A gente precisa não ficar calado nesta hora. Precisamos mostrar a força que temos. Como profissional, a gente tem muita força para mostrar para as pessoas que não ficaremos calados e defenderemos isso até o final", disse.

Revelado pelo Colorado, o atacante ainda salientou que deseja retornar ao Internacional e já conversou com Eduardo Coudet, técnico do time gaúcho. "Bate uma saudade do Rio Grande do Sul e do dia a dia. Esses dias, até recebi uma mensagem do treinador. Conversamos, mas vamos esperar para ver o fim dessa história", declarou, completando que gostaria de voltar ao Brasil para ficar mais perto de sua família.

"Eu tenho mais um ano e meio de contrato. Espero que dê tudo certo, que possa ocorrer da maneira que eu quero. Não é nem por causa de dinheiro, é por mim. Quero voltar para perto da minha família. Eu pretendo sim conversar com a direção do Inter em dezembro e ver o que a gente pode fazer".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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