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Vitória do Corinthians mostra que zagueiro que pensa decide jogo

Habilidade de Gustavo Henrique iniciou a jogada do gol decisivo. Editores de vídeo eliminam lance dos melhores momentos

17 mar 2025 - 07h56
(atualizado às 10h56)
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Resumo
Nem vídeos na internet, nem comentaristas esportivos fizeram justiça ao lance inteligente do zagueiro corintiano, que poderia ter dado um chutão, isolando a jogada, mas percebeu a possibilidade de armar um contra-ataque matador.
O zagueiro corintiano Gustavo Henrique em partida pelo Campeonato Paulista de 2025.
O zagueiro corintiano Gustavo Henrique em partida pelo Campeonato Paulista de 2025.
Foto: Meu Timão

O gol da vitória do Corinthians no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras foi de Yuri Alberto. Ele recebeu a bola de Memphis Depay, que havia recebido de Carrillo. A bola chegou nele com um passe inteligente e habilidoso do zagueiro Gustavo Henrique – e esta é a jogada decisiva.

Uma pena que os editores de vídeo mostrem o lance a partir de Depay, é a cabeça limitadíssima de quem só enxerga o gol. Mas ele nasceu da calma, inteligência e habilidade (pelo menos no lance em questão) do zagueiro do Corinthians.

No começo da jogada, Estêvão avançou e tentou passar por três corintianos. Trombou, caiu e a bola ficou com Gustavo Henrique. Qual teria sido a reação normal de um zagueiro cabeça de bagre? Chutão para a frente, acabando de vez com o contra-ataque palmeirense, a saída medíocre, comum, de isolar a bola, afastando o perigo.

Mas não: Gustavo Henrique fez o que, entre outros nomes, se chama “colherada”. Não é um chute, é muito mais refinado. Consiste em enfiar o pé debaixo da bola, levantá-la e lançar como se fosse com a mão. Coisa linda, e penso que quem aprecia futebol, mesmo não sendo corintiano, admite a beleza, a sutileza, a inteligência da jogada.

O toque maravilhoso foi para Carrillo, que fez o básico, tocou para Depay. O holandês deu sorte, tentou passar por dois palmeirenses, trombou, a bola sobrou e ele enfiou para Yuri Alberto. O atacante fez o que tinha que fazer: cortou para dentro e chutou no canto.

Na comemoração, Depay fez o gesto de engraxar a chuteira do autor do gol. Gustavo Henrique é quem merecia. Depois do jogo, fiquei zapeando canais, imaginei que os comentaristas, especialistas, cheios de razão, histéricos ou eufóricos, fossem comentar o grande lance do zagueiro.

Posso ter perdido alguém exaltando Gustavo Henrique. Os cometaristas que vi, como sempre, foram óbvios demais para enxergar além do gol, quer dizer, antes do gol. É que, para muitos deles, craque é só quem joga "do meio pra frente"...

Fonte: Visão do Corre
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